terça-feira, 23 de março de 2010

B-Day!

Mas no meu só dá pra assoprar uma!


Minha cabeça volt'e'meia borbulha de postagens não feitas. Tem aquela sobre os clientinhos, aquela sobre os bofinhos, aquela sobre o big bróder, aquela sobre como, para alguns, inteligência é ofensivo... Tem até um memê de músicas do Roberto Carlos que não respondi ainda!

Mas hoje é sobre aniversários e como gosto deles. Outro dia li num blog todo coloridinho por aí que não sou a única, aliás. Bom, na presente data faz 1 ano que aplaco minhas frustrações profissionais usando meu muro de lamentações particular como ferramenta. Não escrevo nada dignamente jornalístico, nada que comece respondendo as perguntas do nosso famigerado LEAD (o quê, quem, quando, como, onde e por quê?). Normalmente são irritações cotidianas, acontecimentos que preciso dividir e essas meninices/mulherzices pequenices. Até porque, não é todo dia que acontece algo grandioso comigo.

Não lembro bem quando descobri que escrevia bem (porque, desculpae humildes e puros de coração, EU ESCREVO), mas deve ser culpa da Professora Graça. Depois me apaixonei loucamente por Zé Simão e Carlos Heitor Cony e resolvi: vou ser jornalista. É, não deu lááá muito certo. Pelo menos, não nos últimos tempos. Talvez, mais por falta de vontade minha, de voltar "ao ramo" do que por outros motivos.

E, uma coisa que nunca contei por aqui, é como escolhi o nome do Blog. Ele começou com a alcunha de "Quando Nietzsche Gozou" (continuo achando DO CARALHO escrever esse nominho). Mas aí lembrei de uma entrevista que li de um dos culpados por minha paixão jornaleira. Zé Simão, falando sobre sua vida sexual, dizendo que até uma certa idade era Na Cama com Madonna, depois era sacanagem na rede (imagino a coordenação motora - que nunca tive - pra isso) e, na idade dele, era no sofá com o cachorro. Eu também passava muito tempo deitada, dopada, pois estava doente (calvário que vocês puderam acompanhar em alguns momentos por aqui). O sofá tornou-se um abrigo. Depois veio uma poltrona e agora voltamos à cadeira executiva, adequada para pessoas com problemas na coluna.

Meu blog é um bebê ainda: 1 aninho, pouca regularidade nas postagens. Não tenho zilhõõões de leitores, mas acho incrível quando algum "estranho" vira meu seguidor ou comenta. Já disse isso. Eu não escrevo só pra mim. Escrevo pra quem estiver afim de ler, de rir, de chorar, de entender um pouquiiinho o que se passa com minha cabeça. Ou pra quem está ocioso no trabalho (leia-se preguiça) e lê minhas divagações, idÉias, mágoas e, claro, as alegrias que rolam nessa vida. Não divido tudo: isso eu não faço nem comigo mesma. Mas, já compartilhei muitas coisas que considerava inimagináveis.

Hoje também, minha irmã faria 22 anos. E, das piores coisas que tem na minha vida, a falta que elas me fazem é, certamente, a Top 1. Mas isso - o fato de como é horrível não ter irmãos - é assunto para outra postagem.

Vida longa ao meu blog! Vida longa aos infinitos assuntos que nunca postarei! Vida longa às pessoas que me convenceram a começar tudo isso!

... que prefiro um choppis e dois pastel!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Uma ilha

Acredito que já tenha dito isso por aqui. Apesar de não parecer, eu tenho fé nas pessoas. Por mais difícil que seja, tento acreditar nas boas intenções alheias, em princípios, valores, etc... Não, eu não sou um exemplo de ser humano, com um caráter impecável e muito menos santa. Então, mea culpa, sempre que enalteço o respeito às diferenças, sinto-me um pouco culpada por não fazer isso o tempo todo.

A convivência em grupo sempre foi difícil pra mim. Mas eu persisti, persisti e persisti. Às vezes ainda desconto a raiva na pobre porta do meu quarto ou no teclado do meu computador (que ficou manco, dia desses). Só que, na maior parte do tempo, tento ser tolerante. Minha mãe sempre me disse que eu era uma menina RESPONDONA pra ela e meu pai. E, quem eu deveria enfrentar e dizer as tais "verdades" não recebia resposta ferina alguma.

Bom, com o tempo aprendi que existem momentos e momentos. Às vezes, preciso baixar minha crista e, acreditem, não é fácil. E, às vezes, eu preciso engolir seco, nem cuspir disfarçadamente de ladinho rola. E, ainda, às vezes me canso de fazer tudo isso e tento argumentar, discutir, expor meu descontentamento. Sem-erguer-o-tom-da-voz pois, também aprendi, isso pode ser mais irritante do que qualquer palavrão.

Aí eu fico pensando que se o bicho-homem é REALMENTE um ser social, não deveria ser tão difícil essa tal "vida em sociedade". Vai me dizer que, diariamente, você não sente vontade de mandar um pr'aquele lugar, outro pr'o outro lugar e por toda sorte de destinos de "baixo calão" possíveis? Bom, eu sinto.

E fico com peso na consciência, toda vez que chego em casa e meu cachorro vem saltitante me receber. Porque ele merece mais consideração da minha parte do que muitas gentes por aí que eu considero até demais e não há a tal reciprocidade. Com quem tenho uma paciência absurda e elas nem tchuns.

Feijão, você é "O CARA"! E eu prometo coçar mais sua barriga daqui por diante!


Ps.: Essa parada aqui (no caso, o Blog) fará 1 ano dia 23 de março. Pois é.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Always the bride's maid, never the bride


Um pé de goiaba, uma colcha estampada e alguns brinquedos espalhados. E esse foi nosso mundo durante muitos anos. Quando chovia, as cadeiras brancas de metal com seus estofados vermelhos, serviam de "armação" para a mesma colcha e ali, na garagem da casa da Rua Presidente Bernardes, montávamos nossa cabaninha. Provavelmente muitos dos melhores momentos da minha vida, passei naquele lugar.

Daqui 8 dias, minha prima-irmã subirá ao altar da igreja, no mesmo lugar onde quero casar um dia. Porque sim, a dama-de-honra aqui sonha com todo esse protocolo. Sim, já tive aquelas fases em que dizia que não ia casar, não ia ter filhos. Ou que, imaginava, aos 25 anos estaria casada, aos 28 seria mãe. Inverti um pouco a ordem das coisas, eu sei.

Casamentos sempre exercem um fascínio em mim. O que vem antes é quase tão divertido quanto cerimônia e festa na minha opinião: gosto da cotação de buffet, bebidas, escolher entre banda e DJ, selecionar músicas, pensar na entrada dos padrinhos, das daminhas, dos noivos... E até no que se pode fazer no chá de panela ou lingerie.

E eu, standard que só vendo, choro em casamentos. Choro só de pensar, de lembrar de tantas histórias, de tantos planos. E choro, claro, de felicidade. Porque são as pequenas coisas que também tornam tudo isso tão maravilhoso: é você se sentir querido, se sentir parte.

Outro dia, li por aí que, no fundo-no fundo (e em alguns, nem tão fundo assim) os homens querem mulheres carentes, afetuosas e submissas. Não sei se por auto-referência ou simples precipitação, todos os seres do sexo masculino foram colocados na mesma panela. Posso até achar que boa parte dos homens pense dessa maneira. Mas sempre existem aqueles que não precisam competir fulltime. Que se somam com suas respectivas. Que ainda me dão esperanças de poder casar com os pés na areia e entrar com AQUELA música rumo ao altar.

E, claro, contradizer a frase-título dessa postagem.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

I'm not there

Realmente acho admirável a capacidade que o ser humano tem pra desvendar os mistérios da alma e da vida alheias. Ok, eu também sou excelente pra resolver os problemas dos outros e deixar os meus lá, na caixinha.

Então, uma penca de gente tem o hábito de resolver minha vida como mãe, sabe? Começando pela clássica pergunta
"COMO É QUE VOCÊ AGUENTA?" quando digo que minha filha não mora comigo e sim com minha mãe, há 500km daqui. Aí sempre tem um gênio que emenda "eu não sei o seu caso, sua situação, MAS EU... mimimi". Então, OLHA SÓ, se você NÃO SABE o que acha de NÃO DAR SUA DISPENSÁVEL OPINIÃO? (Mais uma das respostas que ficam na ponta da minha língua imaginária...)

Mea culpa: também dou minha opinião sem ser solicitada, às vezes. Normalmente, é sobre algo banal. E eu, como boa Drama Queen que sou, tenho vários
calcanhares de aquiles. O que para a maioria pode ser "ok", pra mim é algo realmente complexo. E levo pro pessoal sim. Se diz respeito a minha pessoa, a minha vida, não é pessoal então? E não tem nada demais em ser pessoal, ser pessoal é bão às vezes, porque parece que você se importa, de um jeito meio torto... En-fim.

Então assim: eu não compartilho muito o
assunto maternidade, pois, tudo aquilo que é DURO pra mim, evito comentar. Acho que só escrevi um pouco sobre isso duas vezes. Uma está aqui. Aí tem aquela ala que me rotula como a "irresponsável que deixa a filha com a mãe pra farrear com as bichas em Curitiba ou putiar em terras mais ao sudeste". A velha caetaneada de que "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é" encaixa-se perfeitamente aqui. Porque EU SEI o quanto é difícil fazer certas escolhas e arcar com todas as consequências delas. EU SEI os pulos que preciso dar, a imensa lista de material escolar que tenho em minhas mãos, a dificuldade que é SÓ minha família arcar com as despesas financeiras... Porque, quer alguns aceitem ou não, criança dá trabalho e MUITO gasto sim! EU SEI o que estou perdendo, as apresentações de escola em que não estou presente, o aniversário ausente. Ou seja: já é auto-julgamento diário o suficiente.

Mas
EU SEI o quanto é legal acompanhar uma criança crescendo, falando coisas inimagináveis para uma menina de 4 anos (Discovery Kids = Vida) e, no fim das contas, dizendo que está com uma saudade deeeseee tamaaanhãooo assim ó!

E mesmo com festinha do fio azul, livrinho de 2,99 e mais um monte de histórias que o grande público desconhece,
EU SEI a quantidade de erros e acertos que tem nisso tudo. Pra quem sabe, ótimo. Pra quem não sabe, pergunte. Já que, se depender de mim, dificilmente dividirei.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Debandada



Éramos um bando incomum. Uma super míope, uma gordinha, outra baixinha loirinha, duas morenas baixinhas, uma excessivamente infantil, porém gostosona e a última a aderir era a linda, que se vestia como um piá (com direito a boné virado pra trás). Nesse núcleo, muita gente passou. Ficaram marcas, algumas mantiveram o contato e chegaram até a dividir o mesmo teto. Mas nunca fugiu muito disso. Sempre esforçaram-se (umas mais, outras nem tanto) para que houvesse continuidade, para que nunca acabasse. Porém, vida que segue, vida que muda.

Na faculdade, a diversidade era ainda mais visível. Do grupo formado por cinco meninas, três bebiam e quatro fumavam excessivamente. Dessas, duas viviam de regime, outra era uma crente nada ortodoxa. E tem aquela que se casou com outra mulher e hoje vive feliz para todo sempre há muitos quilômetros do modorrento Estado do Paraná...

E o fabuloso mundo da internet? Impulsionado pela "facilidade" de fazer um milhão de amigos que o orkut trouxe (e de encontrar o outro milhão perdido, claro), formou-se um bando ainda mais diferente. Advogados, jornalistas, publicitários, arqueóloga, sociólogos, médicos, estudantes... Logicamente que nos recônditos do msn tudo acontecia. E foi incrível o processo que levou alguns que não se curtiam a se amar loucamente e vice-versa... Particularmente, uma das minhas implicâncias mais gratuitas acabou por virar uma GRANDE AMIGA DE FÉ, IRMÃ, CAMARADA. Outras, BFF eu só sei que estão vivas porque, vez ou outra, aparecem online no messenger.


Já sofri muito com esses distanciamentos. Ainda fico chateada com certas coisas, até porque tenho essa tendência matriarcal, de querer juntar as pessoas e mantê-las unidas. Porém, com o tempo, percebi que é natural e até saudável que isso aconteça. Durante o tempo que nos foi cedido, cuidamos uns dos outros, rimos e vivemos GRANDES AVENTURAS. Mas nem sempre é possível continuar com os mesmos companheiros de migração. Às vezes, novos ares, mudam tudo. Para melhor.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Blog, pra que te quero?

Demorei, mas memezei: depois de 10 dias que o Ricardo postou sobre AS RAZÕES PARA TER UM BLOG, consegui pensar um pouco mais e aí vão as minhas (que não são nada originais):

3. Economizo com terapia

Bem que tentei não fazer disso um muro de lamentações. Mas, é mais forte que eu! Então, Sr. Fulano Sou Papai Sabe-Tudo tinha razão. E caguei, né? Reclamo, reclamo, reclamo e mesmo assim tem quem lê. E, melhor ainda, tem quem comenta! Aliás, eu sinto até um certo orgulho quando pessoas "estranhas" ou que vejo perambular nos outros blogs que sigo dão o ar da graça por aqui. E os aBiguinhos que sempre tão dando apoio também tem lugar no meu s2. Afinal, graças a eles vejo que não sou tão fora dos parâmetros de normalidade assim...


2. A blogosfera trouxe pessoas interessantes à minha vida

Que, provavelmente, não teria contato por outras vias. Isso sem falar nas gargalhadas que dou lendo alguns textos e no choro compulsivo que alguns já me provocaram... É clichezão-ão-ão falar isso, mas a diversidade de "gentes", opiniões, debates é das melhores coisas que ter um brógui me trouxe.


1. E, claro, ESCREVER, ESCREVER, ESCREVER!

Sempre brinco que devia ter feito Medicina, que posso até gostar de ESCREVER, mas gosto mais ainda de dinheiro... Então né? Se realmente colocasse meu capitalismo selvagem em primeiro plano seria uma burocrata até hoje! Não que eu não sonhe em ser editora, ganhar dinheiro e usar o diploma que tá ali, no meio da bagunça do meu guarda-roupa... Digamos que o blog é meio que um exercício pra não enferrujar, não esquecer como se faz e, principalmente, pra melhorar, SEMPRE.

Seja no pessoal ou profissional.


Todo mundo comigo: A-B-C, A-B-C, toda criança, tem que ler e escrever!
VALEU PELÉ!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Só quem é, sabe o que é ser!

Onde tuuudo começou: roubei de um flickr ae.

Assim ó: eu tenho VÁRIOS temas para postar. Coisas exotéricas que passam pela minha cabeça durante o dia, choros compulsivos por bons motivos (ultimamente ando BEM EMO) e afins. Mas uma coisa leva a outra e eu ganhei de
Queroulaine duas belezuras: FIEL e 23 ANOS EM 7 SEGUNDOS. Sobre o primeiro, já escrevi aqui. O segundo é mais difícil de achar e não ando com dinheiro sobrando para comprá-lo, então... Sabe deus quando assistiria! Aí, minha quÉrida amiga teve a perspicácia de fazer cópias CAPRICHADÍSSIMAS pra mim. E nem ouse dizer que é pirata, PORQUE NÃO É. Tsá?

Então. Acabei de assistir 23A em 7S. E, um dos imãs que tenho na geladeira traduz o filme: SÓ QUEM É CORINTHIANO, SABE O QUE É SER CORINTHIANO. Portanto, sãopaulinos, santistas & parmerenses recalcados, parem nesse ponto pois agora começará mais uma rasgação de seda para uma das GRANDES PAIXÕES da minha vida.

Esse texto escrevi há quase 1 ano, mais ou menos na mesma época que comecei o Blog. Já pensei em postá-lo várias vezes, mas hoje aconteceram coisas que me impulsionaram a fazer isso. Pois a minha história de como virei curintiana é cheia de amrooo! O ódio platônico pelos torcedores acima citados (incluindo gremistas e colorados também, aliás) veio depois. Então, aí vai, com algumas, ãn, adaptações:

"Meu primeiro contato com futebol, foram figurinhas da Elma Chips da Copa de 90. Lembro-me bem dos bonequinhos devidamente vestidos, cada qual com a bandeira de seu país de origem ao lado. Houve então um hiato de 3 anos, até o assunto fazer parte da minha rotina novamente. Uma adolescente de 12 anos, com alguns amigos e uma, em especial, que me apresentou ao mundo do Bando de Loucos. Na época, éramos apenas a Fiel.

Tenho muito claras em minha memória as discussões e brigas por conta de futebol. Sim, aos 13 anos, eu ja saía no duelo verbal com coleguinhas sãopaulinos. Porque, BENZADEUS, palmeirenses eram poucos. Na verdade, não lembro de nenhum. Ô racinha apagada, né? Assistia aos jogos sempre que podia, ouvia o CD da Revista Placar com os hinos em nova roupagem até o coitado não aguentar mais... Estranhamente, foi um carioca que interpretou o hino do time paulistano. De qualquer maneira, acho que Toni Garrido conseguiu traduzir nossa paixão.

O ritual era rotina: sentada no chão da sala, sempre no mesmo lugar, vestindo a camisa 9 da "Era Suvinil" (Viooola) e com o tercinho branco meticulosamente enrolado na mão direita, herança da criação catolica, a histeria tomava conta. Eram gritos, socos, choro, desespero, coração na boca! E uma mãe implorando para que eu maneirasse, não era pra tanto. Como assim não era pra tanto?!? Não, ela não entendia, ninguém consegue entender. Eu não consigo explicar de forma coerente. Lembro-me bem do título de 98. Da emoção, do semi-enfarto aos 17 anos, ligar pra melhor amiga na época, também corinthiana, pra chorar junto ao telefone! Coisas que nunca esquecerei, que sempre me farão corinthiana, mesmo morando há 500km do time do coração.

Muitos bate-bocas, jogos desesperadores e algumas tristezas depois, hoje tento ser uma torcedora menos rouca. Mas não dá, é ir contra a natureza do Timão e de sua torcida, admirada até por nossos mais ferrenhos adversários. Meu pai sempre diz "Corinthiano é tudo maluco". Não há como argumentar contra. E, quer saber? Não faço questão. Tá aí uma loucura que assumo sem pestanejar!"

E, foi assim: sempre sempre sempre com um amor incondicional, que na riqueza, na segunda divisão, na mão da máfia russa, chinesa, coreana, oriental ou qualquer outra, que eu AMO esse time. Não quero fazer quem não gosta de futebol entender. E, menos ainda, quem não é corinthiano respeitar. Ir sozinha a um estádio pra ver o time do coração jogar, assistir a muitos jogos em casa só com a companhia do meu secador, ver um documentário e ficar chorando e gritando NÃO PÁRA, NÃO PÁRA, NÃO PÁRA é algo muito meu. E isso basta.

E deu nisso. Malokera e sofredora, SIM SINHÔ!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Work Work Work Girl!


Dentre as muitas coisas que meu pai me ensinou, uma delas é: "respeite as pessoas". Especialmente aquelas que trabalham e estão lá, com toda boa vontade do mundo, fazendo sua parte. Ok, às vezes nem com tanta boa vontade assim, mas que estão ali porque precisam, porque querem, porque preferem isso à sensação de inutilidade de ficar em casa assistindo Bingo - Esperto pra Cachorro na Sessão da Tarde...

Não sei se já falei de forma explícita por aqui, mas eu sou secretária. Sim, sou formada em jornalismo, já trabalhei com isso, mas ando meio receosa com minha profissão. Valeu STF! Então, lido com gente todos os dias. Por telefone, e-mail, pessoalmente. A maioria, very good people. Alguns, nem tanto. Ainda criarei coragem e farei o meu awards para a clientela de lá. Tenho vários apelidos ótimos para alguns deles.

En-fim. Ontem foi o dia do clientinho-mimadinho-mala. Talvez ele pensasse que eu sou uma secretária-coitadinha-ignorante, que não saberia lidar com grosserias, pediria arrego pro chefe e choraria no banheiro. Tá. Pensei em fazer isso. Mas respondi com educação, porém firmeza. O engraçado é que, na hora de falar com o boss, ele amansou. Comigo quis dar chiliquinho por causa de R$ 6,46. Sim. Seis-Reais-e-Quarenta-e-Seis-Centavos. Embora a responsabilidade não fosse minha, a vontade era falar: "Olha, tá aqui. Sete reais. Não, não quero o troco. Compre algo bonito para você". Eu e minhas ótimas respostas na ponta da minha língua imaginária.

Isso me fez lembrar de algo que ouvi há algum tempo: você conhece o verdadeiro caráter de uma pessoa ao ver como ela trata o garçom que a atende.

Em que posso servi-lo, senhor?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Esconda o pranto num sorriso

Lá na beira do mar, quando pulei as 7 ondinhas e fiz os pedidos DEFAULT precisei bancar a Daiane dos Santos na hora que mentalizei "relacionamento com o sexo oposto SAUDÁVEL" (não foi exatamente isso, mas algumas palavras evito usar à toa). Todas as outras foram relativamente fáceis de saltar, mas essa quase me derrubou. Como sempre.

Duplo twist carpado no maR de Juqueí

2009 se fue. Deixou algumas poucas saudades, teve alguns poucos marcos. Metade do ano vai pro lixo FÁCIL. Muito mimimi barulho por nada, já diria aquele escritor. Da minha parte, das alheias... Então, tentarei, em 2010 fazer mais uso do meu famigerado lado prático. Até porque as coisas são muito simples. Normalmente eu que as fodo. Ou não.

Os dois últimos meses do ano que passou foram muito bons. Aquela depressão maldita foi embora. Sempre existe o risco de voltar, claro. É uma doença, afinal de contas. Mas alguns humanos foram imprescindíveis para que ela deixasse de fazer parte do meu cotidiano. Tentei demonstrar isso a eles, expus meus sentimentos (não é porque eu não falo, que eu não sinto). Às vezes de maneira meio torta, mas é o meu jeitinho [/Xuxa]. Continuo tendo muita consideração por pessoas que, infelizmente, parecem não ter o mesmo por mim. Burrice? Talvez. Mas gosto delas, de graça. Talvez o insight ainda não ocorreu, vai saber.

De qualquer forma, foi um fim de ano rodeado por gentes ótimas. Minha filha genial e meu pai, que são tudo na minha vida. Amigos que, talvez, não tem dimensão da importância deles para que eu consiga passar por certas barras e por momentos maravihosos também. E os Picklers. Os maravilhosos Picklers. Que não sabem o que fazer pra agradar, para que você se sinta o ser mais amado do universo, especialmente naquelas horas em que você precisa MUITO disso.

En-fim. Não tenho muitas promessas de Ano Novo. O que passou fez questão de esfregar na minha cara que meu tempo é diferente MESMO do da maioria das pessoas. Então, como no AA, um dia de cada vez.

Uma amiga disse que estou chorona hoje. Eu SOU chorona. Da atual "leva" de amigos, poucos presenciaram esse meu lado. Mas agora eu choro porque tive férias deliciosas, nos meus lugares preferidos. E com minhas pessoas prediletas. E é isso: importantes são os afetos. E, olha, tenho muitos!