segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Kinsey

Não lembro exatamente se foi em uma revista ou na Tv, mas, há uns 15 anos em uma das muitas entrevistas concedidas mundo afora, Madonna deu uma resposta ao repórter que nunca esqueci. Foi um pouco antes dela engravidar do Carlos León, pai da Lola. Como andava "comportada" demais para os padrões madonnianos, indagaram se ela não fazia mais sexo. "Claro que faço. Só não falo mais sobre isso", foi (mais ou menos) o que a deeva disse.

Sempre gostei muito de "debater" o assunto. Mesmo quando ainda era virgem e as tiurias de Revista Nova eram o mais próximo que chegávamos da pauta em si. O engraçado é que sempre falávamos com propriedade, como se fôssemos experts... Embora algumas de nós fossem sim, mas numa vibe mais "eu, eu mesma e SEM Irene", compreendem?

Hoje ainda trocamos ideias (ai, minha alma!), experiências e afins. Porém, se estamos entre pessoas que não conhecemos direito, a coisa é mais sutil (na maioiria das vezes). Até porque, embora ninguém acredite, eu sou BEM tímida. Logo, quando acho uma pessoa pegável interessante, se ela for desconhecida, NUNCA NA VIDA chegarei perto. No máááximo, fico no canto observando. Claro, dificilmente rola alguma coisa.

E hoje, pensando no assunto, lembrei de uma amiga que achava certas atitudes do peguétis dela um pouco "fantasiosas" demais. Lembro que ela até usou um termo engraçadíssimo para defini-lo: Golden Pica (malz ae, sensíveis e puros de coração). Mas, mais engraçado mesmo, é que os mais, digamos, afobadinhos, cheios de si, são os que entrariam na categoria default.

Pior do que esses, são aqueles que não percebem quão desnecessário são certos comentários, observações e afins. Porque eles são bons. E sem a auto-promoção toda, seriam melhores ainda.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mais do mesmo

Tenho um "amigo" que é praticamente um cérebro gêmeo. Acho que nossa aproximação inicial teve como principal motivo o ceticismo. Ou, como concluímos depois, um PSEUDOceticismo, já que ambos ainda sofremos por esperar dos outros aquilo que eles não podem dar. Ou não querem.

De qualquer maneira, por mais que GRITÁSSEMOS para o mundo que não tínhamos fé na humanidade, que tava tudo na merda e etc, acabávamos por nos magoar com os homo sapiens sapiens. E magoá-los também, claro, que ninguém é santo. A questão é que tenho uma tendência a esperar O MELHOR de quem convive comigo. E mesmo àqueles que conheço há quase 20 anos, ainda tem a capacidade de fazer/falar coisas que me deixam perplexa.

Quando isso acontece, fico me questionando se é pura inocência. Ou só maldade mesmo. Porque o primeiro é o que sempre achamos que fosse. Mas, depois de ouvir toda sorte de comentários, digamos, maldosos ou dispensáveis em muitos momentos, a segunda hipótese não pode ser descartada. Ainda mais quando partem de alguém que beira os 30 anos.

Sétima série never dies.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

I'm not your babe, babe.


Por mais simpática, educada, extrovertida, modesta e outros adjetivos fofos que as pessoas me atribuíram ao longo dos anos, eu sei que não sou exatamente carinhosa. E nem tive uma criação cheia de abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim. Então eu posso fazer o que sempre fiz de melhor: CULPAR MINHA MÃE, aêêê!

Brincadeiras a parte, tenho um problema SÉRIO quando as pessoas me chamam de duas coisas: QUERIDA & AMIGA. Especialmente se isso parte de alguém com quem tenho pouca intimidade. Não, eu não prefiro que me chamem de vaca, cadela, macaca, gazela (embora eu e algumas amigas façamos uso desse tipo de tratamento, tudo MUITO carinhoso). Mas se tem algo que me incomoda é me chamarem de quÉrida.

Uma cliente do local onde trabalho fez isso, dia desses. Ganhou minha antipatia imediata. Don Corleone me chamou de AMIGA. Começou errado. Por eu ser um pé no saco uma pessoa metódica, só chamo de AMIGO quem realmente É. E de querida, só quem é UMA QUERIDA mesmo.

A conclusão que tiro dessa sessão, blogger? Talvez, eu seja como minha amiga Julie, que sofre de síndrome de estivadora. E tem plena consciência que nunca será uma Sandy Leah nessa vida. E, provavelmente, ATÉ sejE querida, amiga, uma fofolete pancinha, mas não com muitas gentes.

Note a boquinha de boneca inflável :O

domingo, 22 de novembro de 2009

Caderno de Confidências


Há alguns dias, por conta de uma postagem, novamente me senti na 7ª série. Mas, de uma maneira até divertida, que me remeteu aos cadernos de confidências. Eles circulavam nas salas de aula, com inúúúmeras perguntas e, pra finalizar, um "deixe uma recordação para mim".

Dos 10 aos 14 anos, eles eram a base para a galerinha aprontar altas confusões. Pois ALI você saberia quem estava na lista de pretês do moreno-alto-bonito-e-sensual (alguém pode ser isso aos 13 anos?). Quem encabeçava o ranking de melhores amigos & amigas da menina mais popular. E, na parte das recordações, dependendo das palavras usadas, você poderia alimentar ilusões, ler nas entrelinhas, etc... Dá pra chamar isso de mensagem subliminar, galerinha da PP?

Bom, eu nunca estava entre a lista de possíveis peguétis. Mas sempre fui a MELHOR AMIGA. Do moreno anteriormente citado, do menino de olhos verdes que imitava Michael Jackson, do que tinha a sexualidade questionada por todos, da menina que ficava HORAS & HORAS ao telefone chorando por ser gordinha e ter espinhas... E isso, estar entre as ++ do rol de amigos, me trazia
problemas. Porque era um PROBLEMÃO PARA UMA ADOLESCENTE DE 13 ANOS precisar listar quem eram OS SEUS melhores amigos. E a sequência que isso aparecia era determinante nas relações.

A verdade é que sempre me senti a MELHOR AMIGA. Já não vejo isso como uma fuga, um problema, algo ruim. Cheguei naquela idade em que a gente para de
punhetar questionar certas coisas e simplesmente as aceita. De qualquer forma, voltaemeia deparo-me com essa necessidade de que GOSTEM de mim. Tá, todo mundo sente isso, até aqueles que se dizem bem resolvidos/autossuficientes (acho que com a Reforma Ortográfica fica assim. Doeu na alma.). E, como meu problema é pensar demais (e talvez por resquícios dos cadernos de confidências), sempre vejo coisa onde NÃO TEM. E fico me sentindo como Baby Sauro (sim, o ser que ilustra essa postagem) com seu bordão "Você TEM QUE me amar!".

No fundo, como diriam aqueles ingleses lá: All You Need Is Love.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

*mimimi*

E essa vai para aqueles miguxos que, assim como eu, não resistem a um BOM *mimimi*.


Não consigo deixar de olhar pra essa foto e imaginar que é E-XA-TA-MEN-TE essa a cara que algumas pessoas fazem quando estão de *mimimi* pra cima de mim.










Buuu! E, REALMENTE, "They don't know they mimimi" explica muita coisa.












Fim.

Citando as fontes:
A primeira, quem me mostrou foi um amigo cariooocammm e eu tirei daqui.
A segunda foi um companheiro de mimimi, e veio de cá.
O último foi digitando mimimi no Google e clicando em imagens. E descobri o ótimo
Peão Digital.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Não tinha medo o tal João do Santo Cristo...

Foi Caetano que disse "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". Provavelmente ouvi essa música pela primeira vez em algum programete péla-saco na Casa da Cachaça, um dos nossos redutos londrinenses. Show dos Acústicos Y Guerreiros? Pode ser também. E lá se foi mais de uma década.

Há cerca de 1 ano, fiz minha primeira visita a um psiquiatra (antes disso, só terapia com psicólogo). Foi durante uma crise braba, na qual o diagnóstico era Transtorno de Stress Pós-Traumático + Síndrome do Pânico (que acaba sendo um sintoma do primeiro...). Eu estava em Santa Catarina e, dias depois dessa consulta,
aconteceram as enchentes , que todo mundo deve lembrar e devastaram o Estado. Encontrava-me em uma das cidades atingidas por aquelas chuvas torrenciais, mas não chegamos a sofrer com isso. Quando os ônibus começaram a partir de lá, tentei voltar a Curitiba. Andei uns 5 km e desisti, assim que percebi não ter condições de seguir viagem.


Em dezembro, teve o show da tia, já mencionado. Passagens compradas, alguns encontros programados, hotel reservado. NO DIA em que sairia de Curitiba, rumo ao Rioam de Janeiroam, novamente senti que não CONSEGUIRIA ir. Devolvi as passagens, cancelei o hotel e entrei em contato com quem me acompanharia nessa empreitada para que a pessoa vendesse meu ingresso. Era uma sexta-feira. E eram entradas para a Área Vip (não estou arrotando riqueza, trabalhei feito condenada pra pagar isso, dá licença). No sábado, mais oscilações, muito mimimi e toca pra rodoviária NOVAMENTE comprar passagens. E, como diria a dona dos olhos azuis mais fantásticos que já tive a oportunidade de olhar de perto: "I have no regrets". Ah, vá lá, um ou outro, talvez.


Nesse ano, após um período de intensa euforia, já dava pra antever que lá vinha merda. Naquela fase do pós-operatório que relatei várias vezes
por aqui, novamente mergulhei numa crise profunda. Poucas pessoas tinham "permissão" para chegar perto. O engraçado é que algumas não estavam fisicamente próximas. O critério para eleger os pobres que aguentariam minhas lamúrias foi: duas, além de termos elos fortíssimos, têm a cabeça mais fodida que a minha e uma é amiga de fé, irmã camarada. Além de termos uma linha de raciocínio semelhante, claro.

Foram manhãs, tardes, noites e madrugadas pensando, pensando, pensando TANTO que em alguns momentos a cabeça parecia querer explodir. Embora essa meia dúzia de gatos pingados que me "acompanhou" fosse parte essencial para eu sair do buraco, era a noite, em uma caminha de solteiro, depois de assistir uns seis episódios seguidos de In Therapy que eu chorava. Muito. Por diversas razões: por me sentir incapaz, por ser frustrada profissionalmente, por não ter coragem de dizer aquilo que importa a quem realmente importa, por não me sentir mãe de verdade, por NÃO TER VONTADE para fazer nada para mudar essa situação. O suicídio, claro, era cogitado constantemente. Mas, quem me conhece, sabe que esse não é meu perfil. Eu desejava ardentemente que tudo tivesse um fim, mas não queria que a iniciativa para ESSE FIM partisse de mim, entende? [/Pelé]

No meio desse turbilhão, uma amiga que estava por dentro do caso, sabiamente disse: Acho que a tendência é as coisas melhorarem aos poucos, na cidade que você gosta, trabalhando com gente que você gosta, quietinha lambendo as feridas.

E foi assim, QUIETA, achando que incomodava poucos, que as coisas começaram a entrar nos eixos. Mas, novamente citando a tia, "uncomfortable silence, can be so loud". E minha apatia, meu silêncio, parecia muito mais ofensivo do que se fizesse o ouvido DE GERAL de penico e chorasse um pomar inteiro (pitangas não seriam suficientes).

A verdade é que, pra quem não está no olho do furacão e acha tudo isso uma frescura do caralho, é fácil rotular. Julgar. Concluir. Fechar a conta e passar a régua. E é nessas horas que eu preciso baixar a crista e agradecer aos meus pais por terem me dado uma educação BOA O SUFICIENTE para saber RESPEITAR as pessoas. Porque é TÃO SIMPLES, sabe? Diferenças existem e sempre existirão, acredito que é disso que as relações são feitas. Mas o respeito por elas é fundamental. É não sair por aí, achando-se muito "polêmico" e gritando aos 4 cantos que fulana só procura os outros quando precisa, por exemplo. Na verdade, quando eu mais precisei, não precisei procurar ninguém. As pessoas certas nunca saíram do meu lado.

Pronto, faroestecabocleei.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Do Bife ao Infinito*

Foi domingo à noite. Até então, meu conhecimento sobre o (já nomeado assim) Caso Geisy Arruda não passava de olhadelas para a tv enquanto picava um alho ou ralava uma abobrinha, durante o JH. Mas, nesse último dia 8 de novembro, uma fúria que daria orgulho a Betty Friedan apoderou-se da minha pessoa e devorei todas as reportagens que a globo.com disponibilizava sobre o assunto. Resumidamente, o que li, dizia: aluna que usou vestido curto e causou tumulto é expulsa de universidade (decisão já revogada, aliás).

Tentarei não entrar no mérito estético da questão. Isso eu deixo para o pessoal do Esquadrão da Moda e para os milhares de blogueiros que escrevem sobre o assunto. Mas, embora a pauta esteja um pouco desgastada e talvez minhas colocações não tragam nada novo, quero falar disso. Até porque o blog é meu e se eu não brincar, ninguém brinca.

A primeira vez que me deparei com o conceito destrinchado de UNIVERSIDADE foi há mais de 10 anos, quando ainda cursava Serviço Social na UEL. Em mais uma discussão recheada de pseudointelectualismo metido a besta, um colega chamou a atenção para o significado da palavra: é algo UNIVERSAL, que abriga a diversidade de crenças, orientações, opiniões... Especialmente no caso das públicas e grandes, como a Estadual de Londrina.

Nas imagens que vi do tal "tumulto", a impressão era que os meninos mais pareciam homens de neandertal. Será que "na balada", onde as roupas podem ser infinitamente mais chamativas e desprovidas de tecido eles comportam-se assim? Afinal, se a base do argumento é essa, começo a achar que estou certa em subir a escada rolante do shopping, me policiando por trajar um vestido, mesmo usando uma meia-fina por baixo.

Outra questão é algo que volta-e-meia penso (e até já coloquei em comentários, blogosfera afora): por que as mulheres se detestam tanto? Em diversos âmbitos, sempre nos vemos como ameaças. A convivência profissional em um ambiente majoritariamente feminino É muito mais difícil do que em um que exista, ao menos, um equilíbrio dos gêneros. E a inveja? Ahhh, essa matrona! Porque você pode ser muuuito mais bonita, classuda, loira natural, magra & alta. Mas, a partir do momento que uma outra garota atrai MAIS olhares (em especial, os masculinos), ela será alvo dos comentários mais "ácidos" (para ser bondosa na qualificação) por parte de suas coleguinhas. (Aliás, adorei o que o segurança disse).

E por último, mas não menos importante: embora discorde das feministas ferrenhas em alguns aspectos, fico pensando em como a "evolução" da nossa sociedade mudou muita coisa. Em um país que já teve Patrícia Galvão, pra citar UM exemplo nacional, como símbolo da luta pelos direitos das mulheres, hoje, quem parece nos representar é uma garota de 20 anos que, embora esteja no picadeiro como atração principal de um circo, não demonstrou ter discernimento suficiente do que isso representa. Aliás, alguém sabe me dizer se ela aceitou o convite da Playboy?

Pois é, como diria Macunaíma: "Pouca saúde, muita saúva, os males do Brasil são". Sim, com trocadilhos.

*Roubei da Marilena Chauí (professora e filósofa) que, em entrevista nos anos 90 ao perguntarem quais eram suas preocupações diárias disse: "ora eu vou do bife ao infinito".

domingo, 8 de novembro de 2009

Too much information


Hoje acordei nostálgica. Parei pra pensar que daqui uns dias fará um ano que fui pra Rio e Sampa ver Madonna. Em um ano como 2008 (que foi bem mais merda que o normal, porém acho que na-da irá superar 2009. Mas isso é mimimi assunto pra oooutra postagem), aquela semaninha entrou para o hall de ponto alto da minha vida [/Beleza Americana].

En-fim. Uma coisa leva a outra e ME DEI CONTA de que o Natal tá aí. Nem acendi minha vela de finados, mas o Shopping Müller faz questão de GRITAR com suas luzinhas na fachada que o TEMIDO 24/25 de dezembro é logo ali. E que preciso começar a pensar no que farei esse ano, quais são minhas OPÇÕES REAI$ e etc. Ou seja, passar da nostalgia à neurose em 3 segundos? Trabalhamos.

Como bipolaridade pouca é bobagem, lembrei imediatamente das incríveis aventuras praiÊras de outrora. É - no mínimo - engraçado: pessoas que antes faziam pirâmides com cerveja numa sacada ou furavam máscara do Mr. M (não pergunte) para que o cigarro passasse na boca hoje estão casadas e com filhO (calma que ainda é singular). Ou só com a segunda opção (oi?). Essas mesmas criaturas sabiam T O D A S as coreografias de Axé Music do carnaval de 2002. Onda-Onda, Olha a Onda - CLAP CLAP! Kleber BamBam teria orgulho, ein?



E, pra finalizar, nada supera o esmero na coreô de um clássico latino que, se não me engano, era parte da trilha sonora de Meu Bem, Meu Mal - Internacional:



Mar ibiza loco mia
Sol ibiza loco mia
Marcha ibiza loco mia
Crazy ibiza loco mia

Ah, no lugar dos leques, usávamos nossas cangas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"Quando a esmola é demais, o santo desconfia"

Certamente existem muitas outras frases da sabedoria popular que ilustram essa sensação que nós, os pessimistas realistas temos quando algo é BOM DEMAIS PARA SER VERDADE. Eis a historinha que compartilharei com vocês, queridos leitores.

Como vocês puderam acompanhar aqui no blog mesmo, voltei pra capitaR do Paraná há alguns meses. Comentei rapidamente sobre a dificuldade que é achar uma faxineira por essas bandas, já que a anterior provavelmente está passando férias em Fernando de Noronha. Após ligações para amigos, conhecidos, frases emessênicas e TUDO que considerei plausível, consegui uma diarista. Ela veio em um sábado de manhã e levou O DIA INTEIRO pra limpar metade da casa. Quem conhece, sabe que é uma casa grande sim, mas não exatamente DIFÍCIL de limpar. E eu sei disso porque durante mais de um ano fiz às vezes de Dona Maria, sozinha. Ok, levava uma semana pra limpar tudo, mas limpava.

Voltando. Digamos que uma frase de um dos roomaties define bem a situação acima: "eu, COM A BARRIGA, limparia mais rápido". Tchau 60 reais + o busão para continuar com a parte mais usada da casa (os quartos, estávamos todos numa fase bolha) suja, bagunçada, etc. Ok. Retornei a minha SAGA e consegui outra diarista. Essa veio, deu conta, caprichosa e essas coisas que mulher repara messsmo! PORÉM, começou a faltar demais. E A NÃO LIGAR PARA DAR UMA SATISFAÇÃO. Por favor, se eu estiver sendo uma patroinha muito malvada, digam: não é o certo, quando se falta no emprego, ligar pra avisar o chefe que não vai porque, SEI LÁ, está com uma virose? Enfim, essa não fazia isso. E EU, precisava ligar pra saber o que tinha acontecido e se ela estaria lá no outro dia para repor...

Durou pouco mais de um mês. A justificativa foi que, por problemas pessoais, precisaria parar de trabalhar. E aí vem a parte que fará a conexão com o início do texto: indicou a cunhada, apelidada carinhosamente de Corleone (Politicamente corretos e afins, se procuram coisas fofas e harmoniosas, estão no Blog errado, grata): a voz da bichinha é IGUAL ao do Godfather, imortalizado por ninguém menos que o saudoso Marlon Brando. JURO.

Mas o que me deixa cabreira, com aquele mesmo sentimento que tenho quando algum "relacionamento" é normal demais, certo demais, seguro demais é o fato dela:

#1 => Dar conta de QUASE TUDO muito bem e em MENOS TEMPO que a cunhada, que já era rápida.
#2 => SE OFERECER para fazer serviço a mais, como por exemplo, lavar nossa roupa (coisa que nós mesmos fazemos, já que LAVAR NOSSA ROUPA é o mesmo que COLOCAR NA MÁQUINA, por aqui).
#3 => Como havia muita roupa pra passar, ela não conseguiu fazer isso hoje. E propôs vir na segunda-feira, SEM COBRAR NADA, para não precisarmos esperar até a outra sexta e ela adiantar o serviço.

Nesse momento peço licença para fazer um paralelo com meus (HAHAHA) relacionamentos amorosos. É mais ou menos assim: se o cara for filho da puta comigo, me tratar com indiferença, sentir ciúmes, sei lá, do Wagner Moura, enfim, me fazer comer o pão que o diabo amassou eu vou achar suuuper normal. Agora, se me tratou bem, é atencioso, troca chuveiro, cozinha (ou, ao menos, lava a louça) e etc, só consigo ter um pensamento obsessivo:

OK, QUANDO É QUE VAI DAR A MERDA?


E é exatamente o que estou pensando agora, com relação a minha faxineira, prezada audiência. Sad, but true.

Quem ama bloqueia?

Já virou clichê afirmar que a internet e todas as maravilhosas ferramentas que chegaram com ela mudaram completamente os relacionamentos, sejam eles entre "bons amigos" ou "algo mais". Mas, desde que li isso aqui, passei a pensar em como o tal "Bloquear Contato" no Msn virou uma espécie de recado que o bloqueador quer mandar ao bloqueado. Porque, obviamente, já existe também um jeito de descobrir que fulano, ciclano & beltrano o excluíram de sua roda virtual (?) de amiguinhos.

Isso me remete a sétima série, no meu saudoso, querido e muitas vezes já citado Colégio Ideal. Não que eu sejE suficientemente bem resolvida para NUUUNCA fazer isso. Ô. Em certas fases se eu parar e olhar pra minha listinha de contatos, tem mais gente bloqueada que o contrário. Mas acredito que esse recurso é algo que uso com quem quero evitar qualquer tipo de conversa, *mimimi* ou só porque a pessoa é xarope mesmo. Em alguns casos ela é a própria TOSSE, enfim...

O que me deixa curiosa é o fato de alguém que, muitas vezes, se diz bem resolvido e vítima de psicopatas fazer isso sem aparente razão e, meses depois, talvez esperando alguma forma de contato do bloqueado ou só que a "raiva" passe, acorde um belo dia e fale: vou desbloquear essa pessoa. Queria entender de que maneira se dá o instante mágico, o plim!, o insight...

Em suma, BLOQUEAR CONTATO is the new black nas relações sociais. Em alguns casos pode ser traduzido da seguinte forma: é você estar tão puto, mas TÃO PUTO com alguém que não quer nem falar isso pra pessoa e, MUITO MENOS, dar chance pra ela se defender. Ou seja, evitar a DR, até que um belo dia, vocês voltem a se falar como se nada tivesse acontecido e, sei lá, viagem juntos pra algum lugar, cada qual com sua razão.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

E teeerrr na mennnteee dentro dos nooossos coraçõõões!

Eu ia escrever um post cheio de rancor, mágoa, ódio & todos esses sentimentos "fofos". Tudo por conta de uma atitude besta que, noto, alguns homens tem em relação a mim quando falo de Futebol. Por ser um território majoritariamente macho, sinto que certos espécimes do sexo masculino não admitem mulheres dissertarem sobre o assunto e as ignoram, sem mesuras.

Então, num papo com um amigo que não pensa assim, começamos a falar sobre a ORIGEM desse meu amor pelo esporte bretão. E lembrei do meu pai. Às vezes ele me levava em seus sábados boleiros pra brincar com as outras meninas que também acompanhavam seus pais. Às vezes ele assistia futebol aos domingos. Mas não tentava me explicar o que era linha burra, escanteio, tiro de meta. Acho que essa minha relação de amor com o esporte surgiu naturalmente. Junto com meu fanatismo pelo Corinthians? Talvez. Se meu pai influenciou, mesmo que sutilmente? É muito provável.

A verdade é que sou muito meu pai em diversos aspectos. E tenho dívidas que jamais serão pagas com ele. Afinal, SÓ ELE pra aguentar meus surtos psicóticos às 2h da manhã, porque, CLARO QUE TINHA LADRÃO DENTRO DE CASA! Detalhe: estávamos há 500km de distância. Ou só ele pra se despencar do trabalho para um clube longe da cidade, só pra fazer fogo na churrasqueira porque um bando de pentelhos de 11 anos resolveram comer churrasco (só não sabiam como fazê-lo). E eu poderia continuar essa lista ad infinitum, por que né? Ele é o vovô-papai!

Tem uma foto que minha mãe costuma chamar de tempo das vacas magras. Estamos, eu e meu pai: ele sentado na escada e eu em pé, com 1 aninho, talvez menos. Pernas de saracura (ambos, aliás) como sempre. Eu, de fraldão. Ele,
devidamente trajado com o que hoje os modernetes chamariam de camisa VINTAGE do Botafogo (graças a Deus NISSO ele não conseguiu me influenciar!). E ele me segurava pelos braços, pra que eu parasse em pé. Afinal, foi sempre assim, né pai?

*A foto eu juro que postarei num update. Mas, pra isso, preciso ir pra Cascavel e encontrá-la!*

U P D A T E!
Então, tá aí a foto. Quem teve o trabalho de procurar e me entregar foi meu pai, claro. E ele nem sabe pra que eu usaria... E nem deverá conhecer esse texto. An-fãn: