sábado, 30 de maio de 2009

The SOUP Opera

Vai uma sopinha aí? A minha precisa ser "livre de resíduos"


Realmente gostaria de saber o que acontece com o ser humano quando ele passa a conviver com alguém doente ou que passa por uma situação não lá muito confortável. Esses dias de ócio forçado já me fizeram elaborar diversas teorias sobre a psique (inclusive a minha). Mas, parece que existe um mecanismo que nos faz (porque eu também devo ficar notionless, quem sabe?) soltar as abobrinhas mais indignas para as pessoas com o intuito de, sei lá, fazê-las pensar em outra coisa, como na estupidez do que ela acabou de ouvir...

Sim, eu estou mais reclamona que o normal. Talvez mais que o aceitável. Mas, como minha convivência com mais de duas pessoas resume-se a idas à clínica para o médico me dizer que a dieta líquida continuará por mais 10 dias e a algumas visitas de amigos, posso ser tolerância zero, acima da média, acredito.

Vamos começar pela parte da dieta líquida. Quando eu falo isso, o que você entende? Que eu posso comer sopa e tudo que a compõe? NÃÃÃO. Eu só posso tomar o caldinho, a aguinha mesmo. NO MÁXIMO, amassar os legumes e afins na peneira e tirar aquela papinha pra dar uma LEVE engrossada. É, ESTOU FAMINTA! Então, realmente, conversas sobre comidas e o que foi servido no almoço na casa dos pais dos seus amigos, tornam-se dispensáveis. Na verdade, elas passam a ser ofensivas.

Assim como observações nada educadas sobre o fato de você precisar de uma plástica de abdômen, de peito, de bunda, de braço, de nariz, enfim, nasça de novo, quando ainda se recupera da cirurgia que fez há pouco mais de uma semana.

E eu poderia continuar tescendo mais reclamações, afinal, a falta de bom senso dos habitantes RACIONAIS do nosso planeta é algo sem fim, só que nem eu aguento mais a minha chatice. Prometo que tudo isso deve melhorar, quando eu passar a me alimentar normalmente.



Ou não.

domingo, 24 de maio de 2009

Todo mundo tenta, mas só a Pi pode ser Penta!

Sou eu ou ele parece um rapper?

Achei que a #4 eu fosse tirar de letra, dar soquinho no ar como Dunga e tudo, mas não. Esse Tetra não está sendo nem um pouco festivo. Bom, pra quem chegou agora e não entende muito bem do que estou falando (ou reclamando, como preferir) na última quinta-feira passei por minha quarta cirurgia. Cesárea também conta, não sabiam? Entrei no tal Centro Cirúrgico às 13h40 e saí às 20h. Também achei que fosse algo menos complexo. Mas né? Nos últimos quase 4 anos passei por um parto, uma bariátrica (as know as Redução de Estômago), uma C O L E C I S T E C T O M I A (nunca sei pronunciar essa palavrinha, sempre emperro no ...ciste... E, ah, sim, isso é a retirada da vesícula que estava cheeeia de pedrinhas) e, tchãn-rãn, uma recauchutagem na minha bariátrica que, segundo um dos magos da Gastroclínica, estava tudo EMBOLADO na minha barriga.

Digam que é Photoshop! Digam que é Photoshop!

Então aBiguinhos, minha semana só foi até quarta-feira pois os últimos dias foram pra REpensar pela enésima vez se quero mesmo fazer a tal abdominoplastia. Uma das primeiras coisas que falei, quando me levaram pro quarto na quinta à noite, foi: "olha, eu não quero mais saber de cirurgia. Já estou quase desistindo de fazer plástica na barriga, porque ninguééém merece essa merda que é o pós-operatório de qualquer corte que fazem em você!". Sim, eu estava com muitas dores e continuo mais ou menos assim. Isso sem falar na enxaqueca por conta da anestesia geral e tem também a garganta estrupiada porque me entubaram (sem brincadeirinhas de cunho erótico no momento, ok?) e isso causa uma tosse ferrada. Então unam uma barriga com uns 8 pontinhos espalhados nelas PLUS um pigarro constante.

Como Murphy sempre quer mostrar pra mim que está presente, ontem à tarde, sonhei que estava comendo. E era peixe. Em dado momento eu começava a discutir com uma das pessoas em meu sonho e engasgava com o espinho do bendito. Claro que acordei totalmente afogada, com a nítida sensação de que tinha algo na minha garganta. Gente, eu adoooro peixe. Mas estou passando por uma dieta líquida do demo, por que não sonhei que estava engasgada com uma Picanha?


Não é mesmo minha gente?

domingo, 17 de maio de 2009

Parabéns PELO QUÊ mesmo?

Tá dando agonia? Eu passava por isso uma vez por mês.

Quando fiz 15 anos, as tradicionais festas eram demodês. Tanto que, se não me engano, só tivemos duas naquele ano. Uma delas, grandiosa e ótima, por sinal. Eu não tive nada GIGANTESCO pois 1996, além de marcante em outros aspectos, também foi o ano que iniciei meu tratamento ortodôntico. Caríssimo, por sinal. E, meus pais não tinham grana pra bancar festa, viagem pra Disney e aparelho. Então, costumo dizer que meu presente foi um sorriso metálico. Daquele aniversário, sobraram as lembranças de uma noite incrível na famigerada Bielle (quando seus sofás ainda eram cor-de-rosa) e uma aliança que uso até hoje e muitos acham que é de compromisso. É estranho: sinto-me nua (uhú!) sem esse anel. E ele é muito simples, nada très chic.

Muuuitos aniversários passaram, desde então. E eu sempre os superestimo. Sempre espero coisas realmente GRANDIOSAS, muuuitos telefonemas, mensagens no celular. Mas, depois que inventaram o orkut, ISSO SIM é demodê. E nem é exatamente uma reclamação: as coisas apenas mudaram um pouco.

De colegial à professorinha. Ô vida!

Um pouco? Pois é. Nesse ano, que completo 28 primaveras (ô coisa brega do cacete!) meu presente foram os óculos. Não sei exatamente dizer graus & afins, mas tenho miopia e astigmatismo. Assistir jogo do TTTimão tava FO-DA: eu não conseguia diferenciar o tempo no marcador e sempre ficava na dúvida se estávamos aos 28 ou 38 do segundo tempo. No zinema, só sentando da metade mais a frente em diante. Ainda estou tentando me adaptar à novidade, mas foi assim com o aparelho. Lembro que no começo nem comer direito eu conseguia! No primeiro dia de óculos, eu andava meio de lado, como um caranguejo, pois o chão parecia inclinado.

Enfim. Sinal dos tempos. Até os 23 anos a maioria dos aniversários foi comemorada com muita "bateção de cabelo". Agora, um barzim com amigos está de ÓTIMO tamanho. E muito salgadinho requentado e bolo de anteontem, que a dieta líquida é só a partir de quinta-feira!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sou gay?


E, outro dia, em mais uma conversa descontrol via Msn com Vinííí, eis que a bee envia essa PÉROLA. Ele não sabe me dizer exatamente a fonte, então, se alguém tem saco (e conexão, coisa que me falta no momento) pra googlear, fique a vontade. Ah!, ele também fez algumas "adaptações", então não sei exatamente como É o original.


Divirtam-se!



10 dicas sutis de como dizer aos seus pais, aos poucos, que você é gay:



1- Nunca falte a academia. E ao contrário dos heteros malhe muita perna e glúteos.

2- Sempre tenha muitas amigas... lindas... fervidas... Saia muito com elas e deixe bem claro que são APENAS amigas.

3- Use muito o verbo "amar"! Exemplo:
Eu amo esta música!
Amei o seu café!
Amei o filme!
Eu amo quando você faz pudim!

4- Repare no cabelo de sua mãe.
Dê palpites.
Mais ousado ainda, você pode dizer:
Sua sobrancelha está super bem tirada. Amei!

5- Ame seriados femininos e assista a todos:
Sex and The City, Gossip Girl, Ugly Betty, Charmed, Lipstick Jungle...
E faça sua mãe assistir e repare sempre nos figurinos:
Amei esta saia!

6- Obre e ande para futebol.
Nos dias de final, se tranque no quarto e ouça Britney!

7- Camisetas sempre tamanho "P", calça jeans justa e uma coleção de óculos tamanho "G" vão mostrar para sua mãe que "este leite é moça".

8- Ame divas:
Madonna, Britney ,Cher, Pink, Lady ,Christina , Amy, Kate , Lilly...
Conheço uma "bee" em Uberaba que é fã fanática por Simony... Vai entender...


Caricatura de alguém que JÁ É uma.


9- Use cremes para o rosto, contorno dos olhos, demore muito no banho... E brigue para "instalarem " aquela mangueirinha do lado da privada!


10- E por fim... Diga que conheceu "uma pessoa"... Está saindo com uma "pessoa"... Pessoa é o melhor!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Não esqueça a minha Caloi!

Cecizinha, meu sonho de consumo. Manunca que ia caber numa dessas!

Aí que dia desses fui, lépida, faceira & fagueira fazer minha lista de presentes no orkut e, claro, o piá turco tirou isso de lá. Ok, agora eu sou um blogueira. Posso tentar persuadir meus amigos através de um post bem legal, que já tem até título: NÃO ESQUEÇA A MINHA CALOI! Porque né, minha gente? Eu não sou hipócrita, adoooro ganhar presentes (assim como dar, sem duplo sentido, ok?) e, principalmente, de ser lembrada no meu aniversário. Por sms, telefonema, scrap, telemensagem (mentira)... Mas esse ano, maio já está no final e as coisas estão realmente conturbadas. Tanto que não estou na maior viiibe do mundo pra fazer comemorações que, na minha idade, resumem-se a jantares para os amigos, seguido de bolo e todo mundo se olhando com aquela cara de "CADÊ O ESTOMAZIL?". Acho que nas 4 últimas primaveras foi assim. Só que, em 2009, resolvi colocar o slogan da Globo pra funcionar, com alguns anos de delay. Tentei, inventei e FAREI diferente. Então, vou passar meu dia 17 de maio na Rua Engenheiro Rebouças, 2219 em Cascavel/Paraná. Calma, nada de São Google. Hospital São Lucas.

Preciso repetir minha "saga" aqui? Resumidadente, lá vae (pra quem não aguenta mais ouvir a ladainha, pule o parágrafo): há quase um ano, comecei a ter crises de dores abdominais fortíssimas. Alguns exames, internações, surtos psicóticos, choro, desespero, vislumbres de quimioterapia, eu careca e todo tipo de drama depois... Farei a tal cirurgia - que considero tão LIBERTADORA quanto a redução de estômago - no sábado. Ou seja, obrigatoriamente passarei o domingo num leito, com dietinha líquida...

Musa.

Isso me deixou tão, sei lá, "mexida", que ao sair da Unimed com as guias liberadas, comecei a chorar. E lembrei da GRANDE merda que foi a maior parte dos últimos meses, salvo alguns momentos que - né? - espero não precisar citar e que as pessoas saibam que fizeram parte deles.

Enfim. A melhor parte é que depois dos prováveis 21 dias de respouso absoluto, espero poder resolver algumas pendências. E criar outras, claro. Pois já consegui aprender que será impossível ter uma vida regrada, certinha, disciplinada... Até porque não tenho decendência oriental e também seria MUITO chato se isso acontecesse.

E eu ia escrever sobre os presentes que gostaria de ganhar, fazer listinha com link e tudo mais. Mas, caso você queira me dar algo, chega e pergunta. Ou me dê algum CD da Madonna que eu AINDA não tenha (True Blue, I'm Breathless, You Can Dance, Who's That Girl?, I'm Going To Tell You a Secret - que é DVD + CD - e, o mais difícil de achar deles: MADONNA!). Ou um livro. Ou apenas Parabéns Ana, você é o máximo e eu te adoro. Se for sincero, me deixará ainda mais EMO do que ando. Comprei até um All Star pra combinar com a fase.


"Beijo no coração".


domingo, 10 de maio de 2009

m o t h e r N *

17 de maio é meu aniversário. Fica a dica.

Hoje é o dia em que pululam posts sobre mães & filhos e, comigo, não seria diferente. Até porque, sou ambos, o que me dá algum respaldo para escrever sobre o assunto (e a todos nós, AMÉM). Meu relacionamento com minha mãe é extremamente freudiano: temos nossos momentos, mas na maior parte do tempo, não somos exatamente amigas. Ambas são difíceis. AINDA TENHO esperanças de conseguir ser mais maleável. Já ela, sei que não pensa na possibilidade de mudar, pois acha que nessa idade não é mais necessário.

Muita gente sabe (alguns talvez AINDA não) que sou uma espécie de mãe solteira. Como tantas outras que existem por aí. E que Pequetita de mi corazón passa mais tempo com a avó do que comigo. E não falarei sobre o "pai" dela (não hoje), usando a desculpa de que o "dia dos pais" é só em agosto.

Minha gravidez não foi algo mágico. Não programei, não tinha nenhum vínculo com o ser acima citado, e, como (nooofa!) Dona Baratinha tinha o mundo aos meus pés. Ou achava que tinha. Passei praticamente 8 meses deitada na chaise long vermelha, revendo TODAS as temporadas de Dawson's Freak e qualquer outra bobagem que passasse na Tv. Engordei 26 quilos, entrei para o hall dos obesos mórbidos, minhas estrias no abdômen quadruplicaram e a flacidez idem. Seria hipócrita de minha parte dizer que não cogitei fazer um aborto. Óbvio que pensei nisso! Mas, meu histórico familiar, não me permitiu ir em frente.

Tive depressão pós-parto, meu peito rachou, eu continuava comendo feito uma louca... As brigas em família, que ficaram suspensas no período da gravidez, voltaram com força total para compensar o hiato... A pobre da Dra. Sandra nunca ouviu tanto "minha mãe, minha mãe, minha mãe". Mas, em contrapartida, eu tinha minha [piada interna] patinadora [/piada interna]. Ou travequinha xarope. E, ela nem sabe ou entende, mas foi responsável por mudanças GIGANTESCAS em minha vida. As maiores, de todos os tempos.

Ohhhmmm! Roubei de um Blog aí. Fica a dica [2] FILHOS!

Tenho inúmeras lembranças dos primeiros meses dela. Das primeiras mamadas, risadas... DA PRIMEIRA NOITE DORMIDA ININTERRUPTAMENTE (leia-se, da meia-noite às 6 da manhã). Dos beicinhos jogando cuspe em mim. Do primeiro "mêmem" que ouvi. E do quanto é/era dolorido viver da Little. Sejam 500 ou 150 quilômetros nos separando. E de como eu guardo isso e não falo pra ninguém e pareço fria, pareço que não me importo. E como essa dureza sempre tornou mais complicadas as coisas pra mim. Porque essa dificuldade em expor meus sentimentos DE VERDADE sempre foram o grande entrave de minha vida.

Na última sexta-feira fui a "nossa" primeira apresentação do Dia das Mães. Como bela mãe de primeira viagem que sou, esqueci de levar máquina para tirar um milhão de fotos. Só deixei algumas lágrimas escorrerem, pois ela já estava apavorada com a tal encenação (quando descobrir como é bom estar em cima de um palco...) e não podia me ver chorando (muito). E isso me fez lembrar porque, apesar dos pesares, quero mais um filho. Além de saber como é horrível ser filha única. Lógico que espero poder planejá-lo, quero estar casada pra isso e tudo mais, conforme manda o figurino. Mas realmente quero que o Pedro, ou Gael, ou Caetano ou Isabelli venha (ou venhaM?), para fazer com que essa segunda vez seja melhor que a primeira e eu possa curtir melhor meu barrigão, meu andar de pata e minha diurese insana. E, claro, comer muitos restos de papinha e comida, porque maternidade também é isso, caso algumas pessoas, que ainda habitam o mundo de Willy Wonka, não saibam.

Willy Wonka! Willy Wonka! Willy Wonka!

*Mothern => O blog, que virou livro, que virou seriado no Multishow.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

... Que Goste de Cachorros!

Tofi, nos áureos tempos...


Cachorros. Eu os amo, mais do que qualquer outro bichinho de estimação. Mesmo depois de descobrir que quando eles lambem minha boca é porque esperam que eu regurgite na deles. E, no dia 1º de maio do presente ano, acompanhei uma amiga numa visita a um abrigo de cães cascavelense (A ACIPA, que está até sem site, já que corta um dobrado pra se manter e não acho um bom link pra colocar aqui). É... mais uma coisa da minha bucket list, talvez. Ou somente algo que protelei e, um belo dia, o cavalo passou encilhado e montei. O que é mais provável, já que sou o tipo de pessoa que viverá 80 anos, no mínimo.

Na mesma noite, "meus" cachorros chegaram e um deles estava MUITO doente. Infecção generalizada. Ele já é caolho, surdo e, sim, tem (no mínimo) 15 anos. Mas não me interessa, esse é um assunto que não perco mais meu tempo discutindo. Levei ele ao médico, praticamente morto e, claro, Dr. Renato de mi corazón, salvou o bichinho, mais uma vez.

E notei, que todo esse clima de abrigo de cães, Tofi doente, acabou por me aproximar mais deles novamente. Lógico que penso: "não quero mais cachorros, só esses 14 - Catuxa deu cria de 9 filhotes de pastor alemão - já são suficientes". Mas aí lembro o quanto era ruim quando o que eu mais desejava era ter um bicho, qualquer bicho. E levei uma ninhada de gatos pra um micro-apartamento de 2 quartos, pensando que minha mãe não fosse notar a presença deles e minhas incursões à cozinha para buscar leite (coisa que nem tomo). Claro que ela deu um sumiço nos bichanos, mas eu sou aquele tipo de pessoa que se acertar na mega sena VAI COMPRAR uma fazenda e fazer um orfanato para cães de rua (e emprego para, pelo menos, meia dúzia de veterinários).


E tô escrevendo sobre isso porque às vezes (ok, na maior parte do tempo), prefiro a companhia do Pretinho, meu vira-latas malacafento, como diz minha adorável mãe. E podem me chamar de solteirona e as porras. Está tão cansativo conviver com (alguns) seres humanos que ando Cicarelliando em alguns momentos do dia. Mas aí passa e eu já consigo ter vislumbres de esperança na humanidade.

Pretinho. Totalmente descontrol. ADOOORO!

Não, não aprendo.