quinta-feira, 30 de abril de 2009

Liberté, Igualité, Fraternité.

Ontem, ainda em Curitiba, aproveitei coisas que amo na cidade em companhia d'eu, eu mesma e sem Irene. Cinema sozinha, a principal delas. E assisti a um filme que queria ver há muito tempo: O Leitor. Resumidamente, a película levou diversos prêmios, inclusive o Oscar de Melhor Atriz, todos para Kate Winslet. O crime trata de Segunda Guerra, embora o conflito seja apenas um coadjuvante na história.

Mas não é bancar a pseudo-crítica de cinema que quero. Não hoje. Deixarei o Rubens Ewald Filho que há em mim quieto e contarei como coloquei um tiquinho do meu lado Che (filme que também vi) pra fora.

Tenho o hábito de não sair correndo, como se o cinema fosse explodir, quando a sessão termina. Quase sempre fico até o fim dos créditos e sou a última a sair. Quarta, não foi diferente. Mas, para minha surpresa, começo a ouvir gritos na sala, logo atrás de mim. Olho e um senhor, de seus 50 e poucos anos, discutia com um rapaz, de seus 20 e poucos. A questão: o rapaz era homossexual e estava ali, com o namorado. Sentados na última fileira, como observei assim que entrei. Já uma espécie de apartheid, para não serem incomodados e não "incomodarem".

Porém, esse homem, visivelmente consternado, ficou mais preocupado em olhar para trás do que para a frente, aonde ficam localizadas a maior parte das telas de cinema, imagino eu. Algo se apoderou de mim e, não aguentei: entrei na discussão. Enquanto o velhote (desculpem, me faltam sinônimos e um dicionário, no momento) falava que merecia respeito e mandava os garotos se retirarem da sala, pois ele não era obrigado a aguentar semvergonhice. O menino dizia que tinha o mesmo direito de estar ali que ele. De imediato, imaginei ser um funcionário do cinema e, simultaneamente ao meu pensamento, o jovem perguntou: "O senhor trabalha aqui?". E, aquele ser descontrolado, continuava argumentando que estava ali, merecia respeito e exigia que o casal se retirasse. Não, vocês não leram errado nem eu cometi uma falha de continuidade: os créditos finais estavam passando, as luzes estavam acesas e as outras CINCO pessoas que também assistiram ao filme já haviam se retirado. Não consigo lembrar muito bem o que falei, antes de ambos partirem para as vias de fato. Mas, talvez para compensar todas as vezes que presenciei uma injustiça e fiquei calada, pulei entre os dois marmanjos para apartar a briga, enquanto a segurança do cinema não chegava. Rapidamente, dois funcionários uniram-se a mim e, claro, com sucesso, encerraram essa parte degradante da cena.

Continuei batendo boca com aquele homem que me causou asco, por um tempo. Eu tremia. Mas não conseguia parar. Alguns podem pensar "mas isso não dizia respeito a ela". Como boa parte da audiência sabe, tenho um GRANDE número de amigos homossexuais e circulo com muita desenvoltura no meio. E isso já era assim desde os tempos de faculdade, em que minha pauta preferida para desenvolver matérias era essa. Tenho dois pés muito bem fincados no arco-íris, com orgulho.

Provavelmente, essa história não vai dar em nada, como tantas outras que presenciamos todos os dias. Acredito que o rapaz agredido, não foi a uma delegacia. Aliás, não lembro do outro envolvido fazer nada mais além de dizer para seu parceiro "deixar pra lá e ir embora". Casos de homofobia são extremamente comuns. Assim como casos de preconceitos étnicos. E olha que a Lei Áurea já foi assinada há quase 121 anos...

De qualquer maneira, eu me senti em paz comigo mesma, por finalmente colocar em prática TODO UM DISCURSO que tenho há anos... Egocêntrico de minha parte? Opa, com certeza. Mas, pelo menos dessa vez, não pedi apenas uma McFritas e um McColosso.


Tenho isso em minha geladeira. Devia ser colado na TESTA do velhote.



quarta-feira, 29 de abril de 2009

Prazer, Ana Paula.

Cindy, que eu sou velha e pra mim ela AINDA É a maior de todas!


Certa feita, indagada de supetão por minha terapeuta se eu pudesse escolher quaquer profissão NO MUNDO (excluindo Jornalista) qual seria, minha resposta imediata foi: MODELO. Às vezes, ainda treino um andar meio arqueado e um ar blasè pelas ruas, consciente de quem ninguém percebe.

Aí pensei que existem algumas coisas importantes (e outras nem tanto) que os "amigos mais recentes" podem não saber sobre mim. Aproveitado a vibe das listas, aí vai:


Top 5 - A dança é a linguagem oculta da alma
Fiz uns bons anos de Ballet Clássico, Sapateado e Jazz. Lógico que o tipo físico não era o preferido para estar nas primeras filas das apresentações de dança, mas eu me esforçava. E sabia bem as coreografias feitas por Tia Dejan e Tia Dóris. Chess-For-Ball-Chain - Walk-Walk (será que é assim?)


Top 4 - Clube da Luta
Agora, o lado testosterona: fiz Tae-kwon-do e Jiu-Jitsu. Do segundo, eu era a única mulher da turma na maioria das aulas. E, em ambos, não cheguei nem no primeiro exame de faixa.

Top 3 - Manequim! O Seu Sorriso é um colar de Marfim!
Aos 12 anos, meus pais desejavam que eu parasse de ter um comportamento tão masculino (o que para eles era usar camisetas e calça de moleton). E lá fui eu, rumo a um trauma na única academia cascavelense que dava cursos de modelo e manequim. Dias antes da banca, o professor de andamento e postura chamou duas mães de alunas para conversar e explicar, de forma nada sutil, que elas não passariam na tal Banca do Sindicato (que nos daria o passaporte para o maravilhoso mundo das passarelas de, hum, Braganey?) pois andavam feito patas. Uma das mães bateu o pé e a filha fez o teste mesmo assim. Passou. A outra, adivinhem? Continua ODIANDO saltos exagerados até porque a natureza lhe agraciou com 1,75m de altura.

Top 2 - Então... Eu sou + ou - filha única...
Duas irmãs. Em anos diferentes. Já conheço Mayana Zatz muito antes dela ficar famosa elo Projeto Genoma. Amiotrofia Espilhal Infantil. Uma estaria com 21, outra com 17 anos. Sem mais.

Top 1 - Obrigada Doutora!
Até meus 14 anos, para a alegria e orgulho do meu pai, eu seria Médica. Aí Anne Rice, Louis e Lestat entraram em minha vida. E as coisas nunca mais foram as mesmas.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Top 6 - Goodbye, my friend!


Unilivre por Ery Roberto (tirei do Flickr dele)


Entre As Cinco Pessoas que Você Encontra no Céu, os Top 5 de John Cusack ou As 7 Melhores da Jovem Pan, optei por um entremeio (guimarãesroseando, pra variar?) delas: As 6 coisas que mais sentirei falta de minha rotina curitibana. Sim, fase eu! eu! eu!


6. O friozinho no fim da tarde.
Sim, já tive momentos de "o buraco de Ozônio é aqui", para meus padrões sulistas. Mas, na maior parte dos dias, por volta das 5h da tarde, a temperatura muda e uma brisa que, calculo, venha da Serra do Mar, invade a cidade, deixando Curitiba com mais ares de capital européia e os curitibanos com mais cara de bunda.


5. A infinidade de Parques, Bosques e Coisas Verdes.
Não sou exatamente uma defensora do meio ambiente que trabalharia voluntariamente para o Greenpeace, mas adoro carregar minhas visitas (e as alheias também) para o famigerado Tour Incrível Hulk.


4. O Pão Francês do Mercadorama.
Mesmo dois dias depois, ainda tá uma delícia. O melhor de tudo: r$ 3,98 o quilo.


3. Receber visitas e preparar refeições para 25 comensais.
Vanessa, Juliana, Phernanda, Waldir, Gilson, Juliano, Felipe... Alguns foram visitas, outros se tornaram população flutuante, mas sempre adorei cozinhar para cada um de vocês. (e pra quem não teve seu nome citado também)


2. As mil possibilidades gastronômicas.
Não só de polenta e frango frito vive o curitibano! Mas de Costelão, Café Colonial no Coeur Douce, de Sorella (Vegetariano Perfeito!), de Deish Paishteish (= 10 Pastéis), da Coxinha com catupiry da Praça de Alimentação do Condor, do almocinho correria no Roast Beef ou no Casal Garcia, da empada de camarão do Caruso e, CLARO, do melhor cachorro quente que existe (sorry Black Dog): JOSIAS!



1. Cinema Pechincha
A r$ 4 no UCI do Estação na segunda-feira. No Shopping Total r$ 5 na terça. Quarta e Quinta, Unibanco Artplex, no Crystal por r$ 6 e r$ 5, respectivamente. E, em todos eles claro, levar o potinho com brigadeiro de panela, o refri e o salgadinho na maxibolsa da vez, que farofagE pouca é bobagE!



E do que não dá pra sentir falta, MESMO...

- Do trânsito. Em qualquer hora do dia, meu nível de stress estrapola qualquer padrão aceitável. Viro uma monstra dentro do carro, gritando, xingando, fazendo gestos nada educados com minhas pequenas mãos... Tanto que só dirijo durante a semana entre 5h da tarde e 8h da noite se for caso de vida ou morte.
- Da estranheza curitibana quando você é solícito. Do olhar "você é um ET" ou, até mesmo, "não preciso que um estranho me ajude, saia".

No mais, essa cidade trouxe inúmeras possibilidades pra mim. Aproveitei do jeito que me pareceu melhor. Não, não é um adeus, porque eu deixo uma vida paralela aqui. Negócios pendentes. Muitos e bons amigos. E um ar, um ar diferente. E só aqui meu pulmão sente-se assim.




domingo, 26 de abril de 2009

Are U Ready To Jump?


Do nosso amigo de fé, irmão, camarada, Houaiss:


FENÔMENO:
(...)5. fato ou acontecimento raro e surpreendente; prodígio, maravilha
6. Derivação: por metonímia.
ser ou objeto com algo de anormal ou extraordinário
7. Derivação: por metonímia.
indivíduo extraordinariamente dotado
Ex.: ele é um f. em matemática
Rubrica: física.
aquele cuja manifestação só é possível quando há um grande número de partículas, átomos ou moléculas. (...)


A audiência que não curte futebol, deve estar me odiando. Mas, desculpem, não tem como não falar do primeiro jogo da decisão do Paulistão nesse domingo. E, mais especificamente, do grande personagem que foi RONALDO.

Abstraiam a atribulada vida amorosa/(trans)sexual do cara. Sim, atribulada é a minha. A dele é um circo. Mas, falemos então, da superação do GORDO. Quem lembra da Copa de 2002 coloooca o deeedo aquiii! (Ui!) Eu lembro. Nitidamente. Lembro de vestir o saudoso Tico (tá no orkut, tá no orkut) com uma roupinha e um boné canarinhos TODOS os jogos. E sim, eu acordava de madrugada. E Ronaldo, pra quem ninguém dava meia pataca, deu um show, mandou 98 ver se tava na esquina e mostrou a essa brasileirada foRgada o que é ser um FENÔMENO.

O cara é uma montanha-russa, FA-TO. O joelho dele tem mais cicatrizes que meu abdômen. Ele oscila mais de peso do que eu. Suas escolhas na vida pessoal nem sempre são as mais acertadas. Seria Ronaldo a minha versão milionária, sem escova progressiva e ótimo com uma bola nos pés? Não sei. Só sei que após essa contratação bombástica do Curíntia e de todo o frenesi causado na imprensa, o cara mostrou MAIS UMA VEZ do que é capaz.

Tive a chance de vê-lo em ação contra a Ponte Preta, como disse no post anterior. É incrível como é FÁCIL pra ele jogar. Sabe aquela pelada na quadra do prédio, no campinho empoeirado, no campo da Associação dos Viajantes? Pra ele futebol É ISSO. Simples, tranquilo. Totalmente diferente da vida que ele leva fora dos campos.

Nesse dia 26 de abril de 2009 ele reinou na Vila Belmiro. Que tem lá seu Rei, por quem não tenho nenhum tipo de veneração (herança paterna, VALEU SEU SALÉZIO!) e que, como bem disse Romário uma vez "O Pelé calado é um poeta". No fim do jogo o negão comentou que o Phenômeno fez um gol digno de Pelé. Desculpe Sr. Edson Arantes do Nascimento. O que Ronaldo tem feito nos últimos meses é algo DE-LE. Sem comparações ególatras, talvez com um pouco de marketing, mas com uma capacidade de se reerguer que jamais tive notícias.

Brahmeiro, travequeiro, encrenqueiro... Mas um boleiro que deu um novo gás ao meu amor pelo esporte e, se isso é possível, pelo meu TIMÃO.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Grito até ficar Rouca

Gentilmente feita como presente de aniversário em 2007.


Amo cinema. Todos sabem. E vou muito sozinha porque, claro, difícil acompanhar meu ritmo, às vezes. Deveria ter escrito uma postagem sobre Becky Bloom, que assisti essa semana. Mas hoje, ai, hoje. Fui assistir a um documentário que me fez chorar durante quase duas horas. Porque sim, ele não dura só 92 minutos, como diz na sinopse. Foram 15 anos da minha corinthianice passando na tela.

Chuva e cansaço, não impediram que eu encarasse a sessão de
FIEL no Shopping Crystal. Nada mais incongruente do que assistir ao filme da TORCIDA MAIS MANO DO BRASIL no Coração do Batel (digamos que é o equivalente curitibano a Oscar Freire, Iguatemi e afins).

Pra quem não sabia, sou uma "boleira". Não no sentido de dividir aquela bola no meio de campo. Gosto de futebol na sua totalidade como espectadora e encaro o Corinthians como uma religião. Alguns ainda se surpreendem quando digo que fui assistir a um jogo do TIMÃO no Pacaembu. E isso foi há apenas algumas semanas, empate de 2x2 contra a Ponte Preta (pelo Campeonato Paulista). Assustei a galera do tobogã ao proferir alguns palavrões, digamos, nada "dignos" (meu amiguinho Renan, a quem devo essa GRANDE emoção em minha vida, está de prova).

Voltando ao filme: Fiel conta nossa queda e ascenção após o rebaixamento a segunda divisão do brasileirão em 2007. Dois de dezembro. Costelão do Bacacheri. Muita proteína, polenta e cerveja e eu, como quase sempre nessas paragens, a única corinthiana do lugar. Foi incrível como tinha tanta gente torcendo contra. Ana Pi com garrafa em punho, pronta pra quebrá-la e rasgar o primeiro que mexesse comigo. Sim, eu perco a noção por futebol. Não tenho vergonha em admitir esse meu lado altamente comandado pela testosterona (e pela malaquice). Saí de lá baqueada. Não chorei, não conseguia pensar. Estava em choque. Lembro-me que as lágrimas só vieram na segunda-feira à tarde. E pra parar...? Mas também lembro de torcedores de outros times conversando comigo sobre o assunto, de forma respeitosa. E do magnífico apoio recebido pelo Flamengo.

2008 não foi exatamente ruim. Só fomos perder pro Bahia (ok Julie) lá pela metade do NOSSO Brasileirão. Mas as piadinhas continuavam. Afinal, não é fácil ser corinthiano. Outro dia, escrevi que somos admirados até por nossos mais ferrenhos adversários. Mentira?

No dia 25 de outubro do ano passado eu vivia um inferno particular. Havia saído de mais uma internação, ido para o hospital sozinha na madrugada anterior e dormido quase nada. Só saí do quarto para ver o jogo, chorar e voltar para aquele mundinho, um pouco menos infeliz. Porque, se tem 3 coisas capazes de me fazer sorrir, são elas: minha filha, meu time e Madonna.

Hoje, claro, eu era a única mulher na sala do cinema. Aqui no Sul Maravilha poucas realmente gostam do esporte. E menos ainda fazem parte do Bando de Loucos, especialmente em Curitiba, com suas respeitadas torcidas Coxa Branca e Fanáticos. Ao final da sessão, virei para dois homens que estavam sentados atrás e disse: "Alguém mais tem instintos assassinos ao olhar pra Paulo Bayer?". E,
para minha surpresa, que pouco li sobre o filme antes de assisti-lo, ele é dirigido por uma mulher: Andrea Pasquini. Procurei informações sobre ela e o que achei é que ela faz parte da equipe de seleção do É Tudo Verdade (Festival de documentários, pra quem tem preguiça de procurar). O Roteiro fica por conta de Marcelo Rubens Paiva (Feliz Ano Velho / Blecaute) e Serginho "Fala Ga-ro-tô" Groisman.

Ser corinthiano é algo insano, sem explicação plausível. Fiel mostra isso. É emocionante demais ver que existem pessoas tão fanáticas quanto você, que formamos uma nação apaixonada, que nunca, nunca, nunca abandonará o TIMÃO. Fico afônica por ele. Já fiquei, aliás.

E, caros amigos sãopaulinos e palmeirenses: qualquer rivalidade, ódio, recalque e afins não é nada diante do AMOR que tenho pelo meu CURINGÃO.



quarta-feira, 22 de abril de 2009

Subir na Goiabeira




E essa é por conta do que o Art (a parte masculina de um dos casais do post anterior) me disse sobre mediocridade, homens que abandonam o barco - ou que nem sequer se dão ao trabalho de subir nele - , que se sentem ameaçados e aqueles que "inconscientemente" te sabotam, porque, no fundo, são tão inseguros quanto você. E os que são o oposto disso. Sim, eles existem.
Ps.: Quem mandou esse Gif pra mim foi a ex-coordenadora pedagógica dos meus tempos de Colégio Ideal, TIA NEILA! E ela nem sonhava como isso tava dentro do atual contexto, ein? JU-RO.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Quero ser uma Mulher Samambaia!




E dia desses o Beto me disse: Você sabe que você é muita coisa, menos uma mulher STANDARD!

Como o menino tem conhecimento da (minha) causa, respeitaremos a opinião dele, certo? De uns tempos pra cá, como todos notaram, ando naquelas de "reavaliar" a vida. Até porque, quase trintinha, algumas decisões GRITANDO para serem tomadas, resolver o que quero ser quando crescer... E mandar a Síndrome de Peter Pan às favas, de uma vez por todas! Lógico que o grande questionamento é quanto a vida sentimental descontrol que levei nos últimos anos. E como o fato de ser mãe solteira dificulta, SIM. Hipocrisia a parte né gente? Ela é a coisa mais importante da minha vida, mas ter uma filha NUNCA facilitou pra mulher nenhuma manter um relacionamento SAUDÁVEL com alguém.

Mas, nesse ponto, entra outra coisa: mesmo antes dela nascer, eu não posso dizer que tive relações "normais". Ou minimamente atóxicas. Sim, conheci pessoas ótimas, tivemos momentos igualmente memoráveis, mas parece que sempre tem algo emperrando. Para os analistas de botequim de plantão, a culpa é minha, claro. Eu afugento homens com esse meu jeito de lidar com sexo, de sentar com o brigadeiro e a cerva na frente da tv pra ver aqueeele jogaço, xingar todo o time do XV de Jaú, além do juiz e, no meio disso tudo, mostrar que me importo. Isso confunde. Só que me pergunto: não seria MUITO mais fácil perguntar pra mim QUAL É? Ou isso é ser prática demais?

Ontem, conversando com uma amiga, que também não se enquadra muito no "padrão", chegamos à conclusão que nossas perspectivas não são exatamente boas. Que aquelas mocinhas mais apagadinhas, aqueeelas que não poderiam NUNCA ofuscar a pavonice (ou seria a urubuzice?) de seus parceiros são as destinadas a ter namoradinho, sentar no sofá na quarta-feira e assistir a um filme qualquer na Universal. E que nós, as aparentemente auto-suficientes, ficaremos aqui. Criando blogs, fazendo gentes rir ao telefone, vez ou outra, centro das atenções numa mesa de boteco, mas não passaremos disso.

Então, parei pra pensar nos casais que "conheço", em que as mulheres são tão fortes quanto seus parceiros e isso renovou minha esperança em encontrar alguém que "siga meu ritmo" e não ache que, por gostar de fazer sexo, eu sou incapaz de cozinhar um arroz e feijão ou não saiba pra que serve uma batedeira planetária.

Kinha e Arthur. Quéroul e Emil. Pher e Luiz. Liza e Grazzi. Dani e Fer. Bia e Lu. Ana e Ale. E alguns outros que a memória não ajuda... Obrigada por existirem. Vocês são um alento. Embora, no momento, eu esteja MUITO desejando que parte da minha massa encefálica tivesse ido embora com os famigerados 50 quilos. E que eu fosse uma mulher mediana. O que no fundo, Beto, eu sou.

sábado, 18 de abril de 2009

Just Breath


Certeza que se googlear procurar direitinho, acharemos um nome para meu sentimento atual. Com direito a alcunha de cidade européia e tudo mais. Afinal, a Psicologia tá aí pra isso (também). A palavra-chavão que resumiria tudo é: DESLOCADA. É isso. Não me sinto em casa em lugar nenhum. Em Itapoá, nunca me senti, na verdade. Em Curitiba, a cidade que ADORO e pra onde Sanepar e Copel mandam as contas em meu nome, também estou assim. E em Cascavel? Por incrível que pareça, não sei dizer. Quando estive por lá, há dois meses, foram dias ótimos. Fiquei perto de pessoas maravilhosas, pude descansar um pouco, ir ao médico e meus planos começaaaram a tomar forma.

Claro que estava tudo caminhando certinho demais. Calmaria é prenúncio de tempestade. E foi o que aconteceu. Cá estou, sem ter uma idéia muito clara de qual será REALMENTE meu próximo passo. Ok, estou doente, camuflo isso diariamente, cada pontada no meu abdômen é um aviso de que está na hora de aquietar o fofete, mas isso acaba me dando mais gás pra continuar. Ou eu, especialista em protelar o que realmente importa (assim como esconder), adio o inevitável.

O que me causa estranheza, é entrar na casa curitibana e sentir tudo fora do lugar (com exceção da maravilhosa coleção de imãs de minha geladeira). É a incapacidade de permanecer mais que o tempo necessário, de dormir sozinha, de amar a vista do meu quarto e a privacidade que tenho pra ouvir música no último volume, gritar, gargalhar e afins, já que não tenho vizinhos.


Another sofa in another apartment.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Teimo em ser Taurina



Outro dia, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, ganhei um mapa astral do site Estrela Guia. Sim, como 80% da população posso dizer que não acredito, não levo a sério, etecetera e tal (já diria Sandy), mas sempre dou uma espiadinha (já diria Bial). E, já diria o véio deitado espanhol: "Yo no creo en las brujas, pero que las hay, las hay."

Esse meu interesse por astrologia de botequim, começou em Cascavel, com minha mãe. Ela ouvia um programa no rádio e a parte do horóscopo era a mais aguardada. Aos 7 anos eu tinha um quadro com as principais características do meu signo. Touro. Ouié. A mais marcante e que encabeçava as outras era: PERSEVERANTE. Uma forma sutil de falar: teimosa que é uma mula.



Ao longo dos anos lia vez ou outra as previsões, mas não perdia tempo neurotizando com isso. Minhas nóias sem Omar Cardoso já eram (são) suficientes. Mas confesso: algumas coisas me deixam cabreira. Desde que inventei de fazer meu Mapa Astral (e, GENTE, como as características bateram CER-TI-NHO!) recebo previsões diárias e "personalizadas". Ai, patifaria? Mas me divirto! A de hoje:

Muita atenção neste trânsito, pois será muito fácil que comece a fazer algo que não está pensando conscientemente. Todos os seus traumas psicológicos virão à tona. Será uma situação bastante estressante de lidar. E quem estiver ao seu lado poderá não compreender bem a razão de seus atos e palavras. Isto pode acarretar problemas. Afinal, como as pessoas saberão que você está expressando o que ficou marcado no seu inconsciente? Tenha em mente que, se até hoje não resolveu o que possa tê-lo deixado traumatizado, agora é uma boa oportunidade para colocar para fora e resolver estes traumas. Talvez seja interessante buscar ajuda profissional. Não tenha receio de fazer esse tipo de descobrimento. Esteja aberto para o seu universo interno. As pessoas são feitas de muitas peças.

Antes de qualquer insinuação, já pretendo voltar correndo para os braços da Dra. Sandra (minha maravilhosa terapeuta, que aguentou minhas lamúrias por dois anos. E nem recebia TÃO BEM assim pra isso). No mais, estou em pleno inferno astral. Soube dia desses que o dito cujo começa 45 dias antes da data do aniversário. O meu é dia 17 de maio, pra quem ainda não sabe. Ah, também pude confirmar no Estrela Guia que meu ascendente é LEÃO e minha lua estava em ESCORPIÃO no momento do meu naiiiscimento. Mansa. Bem mansa.


terça-feira, 14 de abril de 2009

Sex, Lies & Videotapes

Passei dias incríveis, em um dos meus lugares preferidos no mundo, com QUASE todas minhas pessoas igualmente preferidas. Acho que isso merece um destaque especial por essas bandas porque realmente precisava disso. E vai ser muito dolorido ir embora, mais uma vez. Não sei se mais do que em outras situações.

Sim. É mais um post com lagriminhas nos olhos e sem dancinha na esteira, na verdade. Porque, depois de ser muuuito paparicada pela Picklerzada (sim audiência, eu sou uma mocinha de família, a preferida de quase todas as tias, etc, etc, etc...) o questionamento que está permeando minha mente nas últimas horas é: por que ser tão auto-destrutiva? Por que ser escrava de certas vontades e render-se a elas, mesmo sabendo que as chances de levar na testa são GIGANTESCAS?

Ok, Ana Bender, eu tenho medo. Prefiro manter pseudorelações com pessoas que, SEI, não tem futuro, do que buscar algo palpável. Então eu fujo e tento provar pra mim - talvez para o mundo - que sou capaz. Dar um sacode na insegurança (ao menos na minha imaginação, porque a merda continua a mesma) e fazer algo que mostre o contrário do que meu cérebro faz questão de gritar! É engraçado como alguns desavisados levam o personagem pra cama e É fatal. Engraçado pra eles, claro. Porque, pra mim, não há diversão (na maior parte do tempo). Alguns compram e, mesmo ficando em dúvida se é isso ou não, continuam a crer piamente, por ser mais fácil de lidar. Nada de novo. O que pode acontecer é SE DAR uma importância que simplesmente (ou seria infelizmente?) você não tem. Eu faço muito isso: carrego a culpa do mundo nas costas e algumas pessoas continuam me ignorando solenemente. Ok, nem tão solenemente assim. Apenas, ignorando.





sexta-feira, 10 de abril de 2009

Burguesinha... Burguesinha...

Sim minha gente. Tenho um zilhão de idéias pra postar, Paulistão na sua reta final, viagens sul-sudeste afora, brigas, chororos, pés na bunda (afinal, ele SIMPLESMENTE não está TÃO afim de você) e até um BICO como caixa no restaurante da minha tia (tipos, no momento estou enfrentando um dos meus grandes medos: NÚMEROS). Porém, só vou compartilhar essa fotinhA aí. É de Juquehy, uma das praias de São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo. Cá estou. Frequento o lugar desde que esse mato todo realmente existia. Isso lá por 1992. E lá se vão pãn-nãn-nãn anos.

Só pra constar: duas horas pra conseguir postar ESSE parágrafo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O Inferno são os outros

Há mil anos, quando resolvemos o tema do famoso TCC, optamos por um produto "feminino". Éramos em 5 mulheres, muita TPM e egos inflados juntos. Claro que a briga final foi homérica, pra fechar o curso com chave de ouro (e me dar mais noção do que é o mercado de trabalho da profissão que escolhi). Mas isso foi superado por todas e hoje penteamos os cabelos umas das outras, quando nos encontramos.


A questão é que, pra fazer o tal trabalho (pê pê pê-ôôô! mizifio!) lemos MUITA coisa sobre o feminismo. A ESSÊNCIA dele. Os movimentos sufragistas, Simone de Beauvoir (na foto mostrando a retaguarda, se não me engano, para as lentes do maridón, Jean-Paul Sartre), Betty Friedan e tantos outros que nem me lembro. Além disso, analisamos o programa Saia Justa da GNT, em sua primeira formação, com Mônica Waldvogel, Marisa Orth, Rita Lee e Fernanda Young (disso, só ficou a primeira). Lembro muito bem que um dos nossos professores disse: "Cuidado para não ficarem com AQUELE ranso feminista". Na hora, não entendi muito bem. Mas já pude sentir isso, meses depois.


É óbvio que tive influências FORTÍSSIMAS do tal Movimento Feminista. Tenho verdadeiros espasmos quando ouço comentários machistas, sejam eles provenientes de seres do sexo feminino (afinal, até eu sou machista em alguns aspectos) ou masculino. Mas, me vejo mais como alvo disso do que como usuária. Sou mãe solteira e coleciono barbaridades. Ouvi de pessoas muito próximas, coisas verdadeiramente cruéis sobre a maneira como engravidei. Achei que isso fosse doer menos com o tempo, que eu fosse me acostumar... Mas continuo sentindo como a nossa sociedade, tão mente aberta e cheia de informações, continua retrógrada em diversos aspectos. Mesmo quando isso parte de pessoas que, em tese, deveriam te entender e não te queimar em praça pública.


Blogger: Divã do Analista, MODE ON.

domingo, 5 de abril de 2009

The TrueWOMAN Show

Certa feita uma amiga disse que minha vida tinha pequenas partes de vários seriados. Sentimentalmente, era Dawson's FREAK. E eu NEM preciso comentar o motivo. Eu, externando todos meus TOC's faxinando a casa, Desperate Housewives. A relação com o melhor amigo, Will & Grace. Eu e minha filha, Gilmore Girls. Mas Friends, como sempre, está presente em diversos momentos. Friends será SEMPRE Friends, não adianta.


Sim, eu sou a Monica. Ex-gordinha, gosto de cozinhar (por prazer, claro. Mas também para que as pessoas gostem ainda mais de mim =D), mania de limpeza, extremamente competitiva... Porém, ontem, foi Chandler (o homem de minha vida) quem baixou em mim. Em um episódio - que não sei de qual temporada é - ele e Rachel surrupiam o cheesecake de uma vizinha. Depois de altas confusões, que essa galerinha muito louca apronta, a sobremesa esparrama-se no corredor entre os saudosos apartamentos de Monica e Joey. Os dois resolvem comer o doce ali mesmo, Joey chega e, claro, gargalhadas garantidas ou seu dinheiro de volta.


Eis que ontem, mesmo após me empanturrar de feijoada, resolvo fazer um TICO de brigadeiro. Ao subir as escadas, trupico e, óbvio, o prato sai voando. Divide-se em 3 partes, meleca parede e um dos degraus. Como se fosse a coisa mais comum, começo a comer o dito cujo ali mesmo. Depois volto à cozinha e coloco o restante que ficou nas partes do prato em outro e como, mesmo sentindo que algumas pelotinhas da gororoba poderiam ser caquinhos.

E isto é o que sou. Você pode gostar ou não. Você pode me amar ou me deixar, porque eu nunca irei parar, não-não.


Eu? Eu nem tava lá, sua LOCA!

sábado, 4 de abril de 2009

Sinais

Não, não falarei de extraterrestres e Mel Gibson (e da menininha do Pequena Miss Sunshine, que na época tava só começando). Nem de como algumas coisas acontecem em mi bida pra mostrar que não é pra fazer tal coisa, senão vou me foder.

Enfim. ReCAPITUlando: semana passada, karaokê paulista, eu cantando Secret (da Deeva), no mais putabêbadastyle ever. Acho que tirei 9, não ALEMBRO. Adoooro essa música. Sempre adorei. Tanto que seria a canção que pediria pra vaca, caso ela virasse pra mim no show do Rio e falasse: BITCHHH! Quem conhece a história, sabe que eu estava perto o suficiente pra que isso ocorresse. Tudo bem, não rolou. Mas ela olhou pra mim em Human Nature e sorriu, com o violãozinho na mão, já que eu era a pessoa mais INSANA naquele momento. (Lembra que falam pra não discordar de gente louca, né? Então...)



Secret é uma música que no mundinho madonnístico sempre causou controvérsias. Porque ela não diz (e não mostra com clareza no clipe) qual é o tal Segredo. Pra falar bem a verdade, nunca me preocupei em descobrir isso. Deixemos essas discussões para Rhonda Byrne e seus livros de auto-ajuda, não é mesmo minha gente?

Eis que ontem (sexta-feira) na comunidade da Strike a Pose, rolou um Quizz. Quem me conhece, sabe do meu lado competitivo e do quanto gosto disso. Algumas respostas erradas depois, ligações para bibas Brasil afora, encheção de saco em msns alheios, eis que acertei a resposta que era (HÁÁÁ!) SECRET. Meu prêmio foi o convite pra festa e uma camiseta da Vira o Disco (marca naquela vibe engraçadinha-cult).



Ou seja: entrarei DI GRÁTIS na festa que mais amo nessa cidade, ouvirei Madonna all night long, farei performance em Nobody Knows Me (Danciiinha na esteira, AÊÊÊ! \oo/) e encerrarei esse ciclo curitibano de alma lavada. Por ter vivido inúúúmeras coisas (boas e ruins) nos últimos dois anos. Por ter conhecido pessoas maravilhosas, outras nem TÃO assim. Por ter TANTA história pra contar que fazem os humanos que amo mais felizes, que esse aperto no coração não é nada, diante de tudo que ficará. "As coisas nunca foram as mesmas, desde que você entrou em minha vida..."


Ps.: Aliás, eu só acertei a resposta porque Alysson (Mr. Carey) me ajudou. Então, TODO o mérito é dele. Só não o levarei como meu DATE, porque a pessoa é FINA e está em Porto Seguro.

Ps. do Ps.: Se eu precisasse de mais algum sinal, o contador do Blog tratou de me mandar. Sessenta e Nove (FRANGO ASSADO DE LADINHO A GENTE GOSTA - desculpa, isso não para de ecoar em minha mente e eu precisa externar, UFA!) visitantes até agora.

Ps. do Ps. do Ps.: Minha saúde permite tal farra? ÓBVIO que não. E eu lá sou de seguir muito a regra? Não sou uma pessoa
standard como já observaram.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Prolixidade. Ou a "arte" de vomitar idéias.

Uma rápida pesquisa em São Google mostra que escrever sobre isso não é novidade no mundo dos Blogs. Ainda mais quando a cabeça fervilha idéias que nunca parecem realmente relevantes. Pensei em falar de Madonna, já que amanhã é dia de Strike a Pose, depois de uma seca de quase 4 meses. Pra quem não sabe e, como eu, tem preguiça de clicar em links, é uma festa do mundinho alternativóide Curitiboca que rola (A-HÁ!) Madonna a noite inteira. "Deus é mais, nem eu que sou bicha aguento Madonna non stop!", já me disseram. Pois é, mas eu aguento. LINDA.


Também ficarei um tempo sem internet em casa. Além das várias transições internas pelas quais passo no momento, tem o fato de que estou, novamente, de mudança física. Farei "A Dara" (Tereza Seiblitz, ali em cima ó) por mais alguns dias, aproveitando o feriado e, depois, irei pra Cascavel. Rumo ao tetra! Nova cirurgia, novos desconfortos, o mau humor de sempre. Minha mãe no meu ouvido "porque você não deveria ter feito essa redução de estômago, só lhe trouxe problemas, BLA BLA BLA!". Ahãm mãe, e ser dublê da Carla Paranhos era a opção mais viável, claro.

Quem já viu o BeforeAfter sabe que ERA I G U A L!

Tenho também uma inconstância nos meus sentimentos que anda me deixando maluca. Bipolar, nível 10? Ciclotímica? Candidata a uma vaga no Hospital Psiquiátrico do Bom Retiro? Ou só ENFADONHAMENTE normal? Uma resposta que nem 20 milhões de rúpias pagaria. Nem dois anos de terapia deu jeito. Por que faço assim, por que não faço assado... Ou grelhado? Por que TANTO drama?

Pareeece cocaína, mas é só tristeza. Já diria Renato Russo. E olha que faço parte da Odiadores de Legião Urbana ein?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sexy, Fofa, Esperta ou Bonita?

Eis que ontem fui ao cinema. Munida de amiga, brigadeiro, guaraná zero e salgadinho Troféu de pimenta com limão (sim, faço piqueniques nas salas Brasil afora), a bola da vez foi a novíssima comédia romântica Ele NÃO está tão afim de você. Ou seja, programa mulherzíííssima. Pra quem anda out das estréias, resuminho: o filme é uma adaptação do livro homônimo dos roteiristas de Sex & The City Greg Behrendt e Liz Tuccilo. Conta a história de um grupo de pessoas de Baltimore, focando especialmente as mulheres, e suas aventuras/desventuras amorosas.

Li a obra há quase 2 anos. Sim, comprei nas americanas.com por apenas 16,90 e não tenho vergonha em admitir isso. Na época (que nem é tão longínqua assim) eu estava envolvida com uma pessoa que preenchia todos os quesitos do não está afim de você. Mas eu paguei pra ver, comi o pão que o cramulhão amassou e, uma úlcera e muita choradeira depois, acho que valeu a pena. Porém, quando terminei 170 páginas escritas por esses dois malucos, concluí: NUNCA, em TODA MINHA VIDA, alguém foi realmente afim de mim.




Mas eu sou brasileira né gente? NÃO desisto NUNCA. Mesmo depressiva e me sentindo o cocô do cavalo do bandido por conta do livro, fui ver a versão pr'as telonas. O elenco é o creme chantilly das comédias românticas: Jennifer Aniston, Drew Barrymore, Ben Affleck, Ginnifer Goodwin (a aluninha mala de Ju Roberts em O Sorriso de Monalisa e a primeira esposa de Johnny Cash em Johnny e June), Jennifer Connelly (a tiazona frígida de Uma Mente Brilhante e Água Negra) , minha eteeerna goishtosa loirinha que nasceu pra se ferrar no mundo da ficção, Scarlett Johansson, Bradley Cooper - sósia de Henry Castelli - e o fofíssimo Justin CASO AGORA Long (que olhei a filmografria, mas não foi em nenhuma daquelas opções que já o vi em ação).



Dentre o turbilhão de clichês naturalmente presentes, o mais surpreendente foi que saí do cinema querendo encontrar (ou reconhecer) um GRANDE amor. Acreditando que sim, a tampa da minha panela está por aí e que não sou a frigideira que sempre pensei! Que as loucuras, os telefonemas madrugada adentro, viagens para outras "terras", rompantes românticos (mesmo quebrando a cara com eles) estão inclusos no pacote. E que, mesmo chorando por quem não vale o klenex que uso pra secar, isso mostra que EU me importo (parafraseando a personagem Gigi, olhando com uma tristeza contida para o telefone na foto acima).

Não sei se a mensagem de Greg Behrendt tentou passar no livro e, de certa forma, no filme, não foi captada pela minha pessoa. Só sei que, mais uma vez, tive minha fé na humanidade (e nos relacionamentos, por + bizarros que sejam) renovada. Mesmo que, nessa nova onda de blackberries, twitter, orkut, blog, torpedos, my space, facebook, MSN, skype e afins, as possibilidades de rejeição foram multiplicadas por mil, como bem analisa Mary, personagem da fofíssima Drew Barrymore.


Ps.: Todas as imagens foram retiradas do e-pipoca. Deus abençoe a internet.

Ps. do Ps.: A pergunta do título é um chiste com algo que a personagem de Scarlett fala durante o filme; dentre essas 4 opções, escolha APENAS duas para me definir. É o que ela fala. Se alguém quiser entrar na brincadeira comigo, eu vou ADORAR!

Ps. do Ps. do Ps.: Galere curitibana, fui assistir ao filme no UCI do Estação. Paguei R$ 4,50 com a carteirinnha do Clube do Assinante da Gazeta do Povo (limite de 2 ingressos/assinante). Também tive desconto no estacionamento - coisa que nenhum site divulga - além de ganhar uma paradinha lá pra comprar pipoca + refri + chocolate por 5cão. Como levei o lanchinho de casa, não foi necessário. E que Deus abençoe as maxi-bolsas também.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

No Lies

Juro. Estou completamente EMBASBACADA. Da série, coisas que não vemos todos os dias:



Não tenho mais nem o que dizer... Teorias da conspiração? Aceito. Exponha-as no campo COMENTÁRIOS, por favor.

Mais informações no Msn Esportes ou em qualquer site DO UNIVERSO, que deve estar pensando n'UM MILHÃO de maneiras de noticiar isso, sem que o povo diga: PEGA NA MENTIRA!