quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Na bolha


Já tem alguns meses que eu penso em escrever sobre como é difícil ser antissocial. Dá mais trabalho do que ser 'O MAIS POPULAR' e estar em todas, fa-to. Até porque essa tal bipolaridade me permite perambular entre os extremos. A verdade é que as pessoas, especialmente as mais próximas, não sabem lidar com esses momentos de reclusão alheia. Elas acham que devem estar S E M P R E forçando contato para mostrar "ó, eu tô aqui, conte comigo, etc...".

Aí você TENTA ser mais diplomática. E apenas dar DICAS aos brasileiros (aqueles que NÃO desistem NUNCA) de que esse não é o momento. Claro, não funciona. Então você começa a sentir falta daquele "seu eu", que batia portas, gritava, chorava, esperneava, tudoaomesmotempoagora, mas pelo menos SE FAZIA ENTENDER. Só que, né? Também dá trabalho ser (completamente) maluca.

Isso tudo, essa bagunça interna que parece não ter fim, acaba mostrando muuuitas coisas sobre mim. Mas também, sobre os outros. E como alguns, infelizmente, só funcionam na base da [Maçaranduba] PORRADA [/Maçaranduba]. Não aquela que quase destruía as portas do Colégio Ideal. Isso requer barulho e comecei a apreciar demais o silêncio. Mas a sutileza da indiferença. Que, depois de muito murro, aprendi, pode ser mais dolorida que qualquer olho roxo.

Deu trabalho!


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

NÃO quero ser grande!

Mimimimimimimimimi...
Rááá!


Ficar tanto tempo sem postar, aumenta a (auto)cobrança pra escrever algo RELEVANTE. Não que esse seja o objetivo do meu Blog. De qualquer maneira, foi um mês de silêncio - nem um pouco dourado - e mudanças de ares. E, nesse ponto, percebo o quanto é uma característica minha ter dificuldades para aceitar mudanças. Por mais que as queira. Na verdade, é estranho REcomeçar.

Quando ainda estava em Cascavel, uma amiga disse que "em alguns momentos, para dar um passo a frente, é preciso dar dois para trás". Deixando a vibe augustocuryana de lado, resolvi experimentar isso e, cá estou eu, no mesmo lugar que trabalhava ano passado (e totalmente fora da "minha área"). De maio até então, tive momentos difíceis, mas necessários para TENTAR entender tudo o que aconteceu. E percebi que, na ânsia de atender as expectativas (minhas e do mundo) acabei dando um passo maior do que a perna.

Não faço idéia do que vem pela frente. Ainda estou reorganizando a vida, a casa, a rotina... Sinto uma falta IMENSA dos meus pais e, principalmente, da minha filha. O estranho é que, quando estava próxima, queria estar o mais distante possível. Bipolar?

Isso só me faz constatar que NÃO POSSO TER TUDO. E que, SIM, terei que aprender a lidar com as consequências das minhas escolhas, a dar um passo de cada vez e que, MEU DEUS, como é difícil conseguir uma diarista em Curitiba!