quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

TodoDia ela faz tudo sempre igual


Mesmo com lacunas de vaidade em minha vida, consegui colecionar inúmeros hidratantes. Após descobrir os deliciosos Victoria's Secrets, as misturebas da Natura, os cheiros frutais do Avon, os quase-comestíveis da Ducha virei compulsiva por essas maravilhas que a indústria de cosméticos (re) inventa a cada ciclo das famigeradas revistinhas.

Pois bem. Todos têm propriedades magníficas, prometem hidratação contínua (às vezes cumprem), até suprem as carências da minha pele. Seus cheiros são instigantes, poderia usá-los diariamente e seguir satisfeita. Mas enjôo fácil, até por isso tenho muitos. Alguns, dos quais, nem lembro pois ficam numa posição não muito privilegiada da minha prateleira de bugigangas.

Porém, a Natura lançou há algum tempo, o TodoDia Algodão. Voltemeia pensava em comprá-lo, mas como tenho muitos, seria exagero. Mesmo com acesso ao catálogo de consultora, com os famosos 30% de desconto, deixava pra depois. "Quando enjoar de todos, compro. Quando esse ou aquele acabar, compro". E por aí foi.

Outro dia, nessas andanças da vida, deparei-me novamente com o bendito. Agora, quero esse creminho de qualquer jeito, mas penso no trabalho que será falar com alguém que venda, esperar o produto chegar... Fadiga, sabe? Só que todos os outros, os morangos, as uvas francesas, a água de coco, o figo, esse pomar de coisinhas melequentas já não tem mais graça. E percebo que alguns vícios são os mesmos. Esteja você com 15 ou (quase) 30 anos.


terça-feira, 23 de março de 2010

B-Day!

Mas no meu só dá pra assoprar uma!


Minha cabeça volt'e'meia borbulha de postagens não feitas. Tem aquela sobre os clientinhos, aquela sobre os bofinhos, aquela sobre o big bróder, aquela sobre como, para alguns, inteligência é ofensivo... Tem até um memê de músicas do Roberto Carlos que não respondi ainda!

Mas hoje é sobre aniversários e como gosto deles. Outro dia li num blog todo coloridinho por aí que não sou a única, aliás. Bom, na presente data faz 1 ano que aplaco minhas frustrações profissionais usando meu muro de lamentações particular como ferramenta. Não escrevo nada dignamente jornalístico, nada que comece respondendo as perguntas do nosso famigerado LEAD (o quê, quem, quando, como, onde e por quê?). Normalmente são irritações cotidianas, acontecimentos que preciso dividir e essas meninices/mulherzices pequenices. Até porque, não é todo dia que acontece algo grandioso comigo.

Não lembro bem quando descobri que escrevia bem (porque, desculpae humildes e puros de coração, EU ESCREVO), mas deve ser culpa da Professora Graça. Depois me apaixonei loucamente por Zé Simão e Carlos Heitor Cony e resolvi: vou ser jornalista. É, não deu lááá muito certo. Pelo menos, não nos últimos tempos. Talvez, mais por falta de vontade minha, de voltar "ao ramo" do que por outros motivos.

E, uma coisa que nunca contei por aqui, é como escolhi o nome do Blog. Ele começou com a alcunha de "Quando Nietzsche Gozou" (continuo achando DO CARALHO escrever esse nominho). Mas aí lembrei de uma entrevista que li de um dos culpados por minha paixão jornaleira. Zé Simão, falando sobre sua vida sexual, dizendo que até uma certa idade era Na Cama com Madonna, depois era sacanagem na rede (imagino a coordenação motora - que nunca tive - pra isso) e, na idade dele, era no sofá com o cachorro. Eu também passava muito tempo deitada, dopada, pois estava doente (calvário que vocês puderam acompanhar em alguns momentos por aqui). O sofá tornou-se um abrigo. Depois veio uma poltrona e agora voltamos à cadeira executiva, adequada para pessoas com problemas na coluna.

Meu blog é um bebê ainda: 1 aninho, pouca regularidade nas postagens. Não tenho zilhõõões de leitores, mas acho incrível quando algum "estranho" vira meu seguidor ou comenta. Já disse isso. Eu não escrevo só pra mim. Escrevo pra quem estiver afim de ler, de rir, de chorar, de entender um pouquiiinho o que se passa com minha cabeça. Ou pra quem está ocioso no trabalho (leia-se preguiça) e lê minhas divagações, idÉias, mágoas e, claro, as alegrias que rolam nessa vida. Não divido tudo: isso eu não faço nem comigo mesma. Mas, já compartilhei muitas coisas que considerava inimagináveis.

Hoje também, minha irmã faria 22 anos. E, das piores coisas que tem na minha vida, a falta que elas me fazem é, certamente, a Top 1. Mas isso - o fato de como é horrível não ter irmãos - é assunto para outra postagem.

Vida longa ao meu blog! Vida longa aos infinitos assuntos que nunca postarei! Vida longa às pessoas que me convenceram a começar tudo isso!

... que prefiro um choppis e dois pastel!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Uma ilha

Acredito que já tenha dito isso por aqui. Apesar de não parecer, eu tenho fé nas pessoas. Por mais difícil que seja, tento acreditar nas boas intenções alheias, em princípios, valores, etc... Não, eu não sou um exemplo de ser humano, com um caráter impecável e muito menos santa. Então, mea culpa, sempre que enalteço o respeito às diferenças, sinto-me um pouco culpada por não fazer isso o tempo todo.

A convivência em grupo sempre foi difícil pra mim. Mas eu persisti, persisti e persisti. Às vezes ainda desconto a raiva na pobre porta do meu quarto ou no teclado do meu computador (que ficou manco, dia desses). Só que, na maior parte do tempo, tento ser tolerante. Minha mãe sempre me disse que eu era uma menina RESPONDONA pra ela e meu pai. E, quem eu deveria enfrentar e dizer as tais "verdades" não recebia resposta ferina alguma.

Bom, com o tempo aprendi que existem momentos e momentos. Às vezes, preciso baixar minha crista e, acreditem, não é fácil. E, às vezes, eu preciso engolir seco, nem cuspir disfarçadamente de ladinho rola. E, ainda, às vezes me canso de fazer tudo isso e tento argumentar, discutir, expor meu descontentamento. Sem-erguer-o-tom-da-voz pois, também aprendi, isso pode ser mais irritante do que qualquer palavrão.

Aí eu fico pensando que se o bicho-homem é REALMENTE um ser social, não deveria ser tão difícil essa tal "vida em sociedade". Vai me dizer que, diariamente, você não sente vontade de mandar um pr'aquele lugar, outro pr'o outro lugar e por toda sorte de destinos de "baixo calão" possíveis? Bom, eu sinto.

E fico com peso na consciência, toda vez que chego em casa e meu cachorro vem saltitante me receber. Porque ele merece mais consideração da minha parte do que muitas gentes por aí que eu considero até demais e não há a tal reciprocidade. Com quem tenho uma paciência absurda e elas nem tchuns.

Feijão, você é "O CARA"! E eu prometo coçar mais sua barriga daqui por diante!


Ps.: Essa parada aqui (no caso, o Blog) fará 1 ano dia 23 de março. Pois é.