sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Work Work Work Girl!


Dentre as muitas coisas que meu pai me ensinou, uma delas é: "respeite as pessoas". Especialmente aquelas que trabalham e estão lá, com toda boa vontade do mundo, fazendo sua parte. Ok, às vezes nem com tanta boa vontade assim, mas que estão ali porque precisam, porque querem, porque preferem isso à sensação de inutilidade de ficar em casa assistindo Bingo - Esperto pra Cachorro na Sessão da Tarde...

Não sei se já falei de forma explícita por aqui, mas eu sou secretária. Sim, sou formada em jornalismo, já trabalhei com isso, mas ando meio receosa com minha profissão. Valeu STF! Então, lido com gente todos os dias. Por telefone, e-mail, pessoalmente. A maioria, very good people. Alguns, nem tanto. Ainda criarei coragem e farei o meu awards para a clientela de lá. Tenho vários apelidos ótimos para alguns deles.

En-fim. Ontem foi o dia do clientinho-mimadinho-mala. Talvez ele pensasse que eu sou uma secretária-coitadinha-ignorante, que não saberia lidar com grosserias, pediria arrego pro chefe e choraria no banheiro. Tá. Pensei em fazer isso. Mas respondi com educação, porém firmeza. O engraçado é que, na hora de falar com o boss, ele amansou. Comigo quis dar chiliquinho por causa de R$ 6,46. Sim. Seis-Reais-e-Quarenta-e-Seis-Centavos. Embora a responsabilidade não fosse minha, a vontade era falar: "Olha, tá aqui. Sete reais. Não, não quero o troco. Compre algo bonito para você". Eu e minhas ótimas respostas na ponta da minha língua imaginária.

Isso me fez lembrar de algo que ouvi há algum tempo: você conhece o verdadeiro caráter de uma pessoa ao ver como ela trata o garçom que a atende.

Em que posso servi-lo, senhor?

5 comentários:

  1. É verdade: gente que surta só com os debaixo. Na hora de falar com boss, de repente o péssimo humor some. Depois esse tipo de pessoa vai na passeada pela paz...

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  2. Olha, quem nunca deu uma surtada com secretária, telefonista, atendente, que atire a primeira pedra. Eu já surtei com telefonista quando eu estava tentando resolver uma questão de uma dívida que eu não entendia como tinha aparecido (sim, do nada) e queria que eles me explicassem e por fim, se me convencessem eu queria pagar. A questão é que me passaram tanto de um lado para o outro, enrolaram tanto que eu perdi a compostura. O pior é que eu sabia que a pessoa que estava falando comigo não tinha culpa nenhuma, então em meio a um tom muito grosseiro eu pedia desculpa para a sujeita de 3 em 3 minutos dizendo que sabia que ela não tinha nada a ver com aquilo.

    ALOKA = EU

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  3. Lidar com a grosseria alheia é um saco, mas a gente acaba aprendendo. Tem vezes que reajo, tem vezes que prefiro ignorar - talvez ofenda mais.

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  4. É verdade, é nessas horas que a gente conhece as pessoas mesmo. Eu conheço gente que trata os "iguais" super bem, nossa, que pessoa educada. Agora, vai ver como o cidadão é com a empregada de casa ou com a moça do cafézinho na empresa. Bando de hipócrita, argh.


    ai, eu tbm tenho muuuuuuitas respostas imaginárias na ponta da minha língua imaginária.

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  5. eu sou sempre educada, com todo mundo. é bom dia, boa tarde, até logo e senhor/senhora pra todo mundo, sobretudo pra quem me serve.
    mas eu tenho ÓDIO de quem não responde. eu sou campeã mundial de falar 'bom dia' pra cobrador de ônibus e, se ele não responder, fazer um 'pfff, Ô EDUCAÇÃO'. um dia eu apanho, certeza. mas porra, tem que ser educado comigo tb!!! (tá, eu sei que deve ser muito assustador alguém falar 'bom dia' com sorriso pro cobrador, que tá acostumado com aquela gente bonita e fofa nos busões todos os dias...)

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