domingo, 10 de maio de 2009

m o t h e r N *

17 de maio é meu aniversário. Fica a dica.

Hoje é o dia em que pululam posts sobre mães & filhos e, comigo, não seria diferente. Até porque, sou ambos, o que me dá algum respaldo para escrever sobre o assunto (e a todos nós, AMÉM). Meu relacionamento com minha mãe é extremamente freudiano: temos nossos momentos, mas na maior parte do tempo, não somos exatamente amigas. Ambas são difíceis. AINDA TENHO esperanças de conseguir ser mais maleável. Já ela, sei que não pensa na possibilidade de mudar, pois acha que nessa idade não é mais necessário.

Muita gente sabe (alguns talvez AINDA não) que sou uma espécie de mãe solteira. Como tantas outras que existem por aí. E que Pequetita de mi corazón passa mais tempo com a avó do que comigo. E não falarei sobre o "pai" dela (não hoje), usando a desculpa de que o "dia dos pais" é só em agosto.

Minha gravidez não foi algo mágico. Não programei, não tinha nenhum vínculo com o ser acima citado, e, como (nooofa!) Dona Baratinha tinha o mundo aos meus pés. Ou achava que tinha. Passei praticamente 8 meses deitada na chaise long vermelha, revendo TODAS as temporadas de Dawson's Freak e qualquer outra bobagem que passasse na Tv. Engordei 26 quilos, entrei para o hall dos obesos mórbidos, minhas estrias no abdômen quadruplicaram e a flacidez idem. Seria hipócrita de minha parte dizer que não cogitei fazer um aborto. Óbvio que pensei nisso! Mas, meu histórico familiar, não me permitiu ir em frente.

Tive depressão pós-parto, meu peito rachou, eu continuava comendo feito uma louca... As brigas em família, que ficaram suspensas no período da gravidez, voltaram com força total para compensar o hiato... A pobre da Dra. Sandra nunca ouviu tanto "minha mãe, minha mãe, minha mãe". Mas, em contrapartida, eu tinha minha [piada interna] patinadora [/piada interna]. Ou travequinha xarope. E, ela nem sabe ou entende, mas foi responsável por mudanças GIGANTESCAS em minha vida. As maiores, de todos os tempos.

Ohhhmmm! Roubei de um Blog aí. Fica a dica [2] FILHOS!

Tenho inúmeras lembranças dos primeiros meses dela. Das primeiras mamadas, risadas... DA PRIMEIRA NOITE DORMIDA ININTERRUPTAMENTE (leia-se, da meia-noite às 6 da manhã). Dos beicinhos jogando cuspe em mim. Do primeiro "mêmem" que ouvi. E do quanto é/era dolorido viver da Little. Sejam 500 ou 150 quilômetros nos separando. E de como eu guardo isso e não falo pra ninguém e pareço fria, pareço que não me importo. E como essa dureza sempre tornou mais complicadas as coisas pra mim. Porque essa dificuldade em expor meus sentimentos DE VERDADE sempre foram o grande entrave de minha vida.

Na última sexta-feira fui a "nossa" primeira apresentação do Dia das Mães. Como bela mãe de primeira viagem que sou, esqueci de levar máquina para tirar um milhão de fotos. Só deixei algumas lágrimas escorrerem, pois ela já estava apavorada com a tal encenação (quando descobrir como é bom estar em cima de um palco...) e não podia me ver chorando (muito). E isso me fez lembrar porque, apesar dos pesares, quero mais um filho. Além de saber como é horrível ser filha única. Lógico que espero poder planejá-lo, quero estar casada pra isso e tudo mais, conforme manda o figurino. Mas realmente quero que o Pedro, ou Gael, ou Caetano ou Isabelli venha (ou venhaM?), para fazer com que essa segunda vez seja melhor que a primeira e eu possa curtir melhor meu barrigão, meu andar de pata e minha diurese insana. E, claro, comer muitos restos de papinha e comida, porque maternidade também é isso, caso algumas pessoas, que ainda habitam o mundo de Willy Wonka, não saibam.

Willy Wonka! Willy Wonka! Willy Wonka!

*Mothern => O blog, que virou livro, que virou seriado no Multishow.

5 comentários:

  1. tudo certo! mesmo!!!


    sem mais.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Li uma vez que a Madonna disse na época do nascimento da filha que depois da experiência, considerava a gravidez uma grande brincadeira de Deus com as mulheres. Não sou a maior fã do mundo dessa senhora, mas concordo plenamente com ela, não é nada fácil passar por esses "mágicos" 9 meses e seus percalços.

    Depois da magia da gravidez vem aquele ser pequeno e indefeso, mas que apesar do tamanho consegue desestruturar a mais estruturada e preparada mamãe e toda sua fámilia. Cito agora Mário Prata, FILHO É BOM, MAS DURA MUITO! Pois esse ser cresce e com ele a tormenta...

    Apesar dos escritos acima sou uma mamãe de 3 pessoas e os amo mais que tudo na minha vida!!! Por eles morreria e se pudesse escolher, faria tudo de novo!

    VAI ENTENDER AS MULHERES!!!

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