quinta-feira, 23 de abril de 2009

Grito até ficar Rouca

Gentilmente feita como presente de aniversário em 2007.


Amo cinema. Todos sabem. E vou muito sozinha porque, claro, difícil acompanhar meu ritmo, às vezes. Deveria ter escrito uma postagem sobre Becky Bloom, que assisti essa semana. Mas hoje, ai, hoje. Fui assistir a um documentário que me fez chorar durante quase duas horas. Porque sim, ele não dura só 92 minutos, como diz na sinopse. Foram 15 anos da minha corinthianice passando na tela.

Chuva e cansaço, não impediram que eu encarasse a sessão de
FIEL no Shopping Crystal. Nada mais incongruente do que assistir ao filme da TORCIDA MAIS MANO DO BRASIL no Coração do Batel (digamos que é o equivalente curitibano a Oscar Freire, Iguatemi e afins).

Pra quem não sabia, sou uma "boleira". Não no sentido de dividir aquela bola no meio de campo. Gosto de futebol na sua totalidade como espectadora e encaro o Corinthians como uma religião. Alguns ainda se surpreendem quando digo que fui assistir a um jogo do TIMÃO no Pacaembu. E isso foi há apenas algumas semanas, empate de 2x2 contra a Ponte Preta (pelo Campeonato Paulista). Assustei a galera do tobogã ao proferir alguns palavrões, digamos, nada "dignos" (meu amiguinho Renan, a quem devo essa GRANDE emoção em minha vida, está de prova).

Voltando ao filme: Fiel conta nossa queda e ascenção após o rebaixamento a segunda divisão do brasileirão em 2007. Dois de dezembro. Costelão do Bacacheri. Muita proteína, polenta e cerveja e eu, como quase sempre nessas paragens, a única corinthiana do lugar. Foi incrível como tinha tanta gente torcendo contra. Ana Pi com garrafa em punho, pronta pra quebrá-la e rasgar o primeiro que mexesse comigo. Sim, eu perco a noção por futebol. Não tenho vergonha em admitir esse meu lado altamente comandado pela testosterona (e pela malaquice). Saí de lá baqueada. Não chorei, não conseguia pensar. Estava em choque. Lembro-me que as lágrimas só vieram na segunda-feira à tarde. E pra parar...? Mas também lembro de torcedores de outros times conversando comigo sobre o assunto, de forma respeitosa. E do magnífico apoio recebido pelo Flamengo.

2008 não foi exatamente ruim. Só fomos perder pro Bahia (ok Julie) lá pela metade do NOSSO Brasileirão. Mas as piadinhas continuavam. Afinal, não é fácil ser corinthiano. Outro dia, escrevi que somos admirados até por nossos mais ferrenhos adversários. Mentira?

No dia 25 de outubro do ano passado eu vivia um inferno particular. Havia saído de mais uma internação, ido para o hospital sozinha na madrugada anterior e dormido quase nada. Só saí do quarto para ver o jogo, chorar e voltar para aquele mundinho, um pouco menos infeliz. Porque, se tem 3 coisas capazes de me fazer sorrir, são elas: minha filha, meu time e Madonna.

Hoje, claro, eu era a única mulher na sala do cinema. Aqui no Sul Maravilha poucas realmente gostam do esporte. E menos ainda fazem parte do Bando de Loucos, especialmente em Curitiba, com suas respeitadas torcidas Coxa Branca e Fanáticos. Ao final da sessão, virei para dois homens que estavam sentados atrás e disse: "Alguém mais tem instintos assassinos ao olhar pra Paulo Bayer?". E,
para minha surpresa, que pouco li sobre o filme antes de assisti-lo, ele é dirigido por uma mulher: Andrea Pasquini. Procurei informações sobre ela e o que achei é que ela faz parte da equipe de seleção do É Tudo Verdade (Festival de documentários, pra quem tem preguiça de procurar). O Roteiro fica por conta de Marcelo Rubens Paiva (Feliz Ano Velho / Blecaute) e Serginho "Fala Ga-ro-tô" Groisman.

Ser corinthiano é algo insano, sem explicação plausível. Fiel mostra isso. É emocionante demais ver que existem pessoas tão fanáticas quanto você, que formamos uma nação apaixonada, que nunca, nunca, nunca abandonará o TIMÃO. Fico afônica por ele. Já fiquei, aliás.

E, caros amigos sãopaulinos e palmeirenses: qualquer rivalidade, ódio, recalque e afins não é nada diante do AMOR que tenho pelo meu CURINGÃO.



4 comentários:

  1. aqui tem um bando de lôco, mano.


    quero documentário... :)

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  2. eu só digo que O DIA que fizerem um filme que derrame tantas lagrimas e transborde tanta alegria e que o título não seja nem sobre 3 irmãos suínos idiotas ou um viadinho órfão...

    ai, parei.

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  3. Well, adoro meu time, mas não à este ponto. Pi você realmente só falta ter barba e algo que balance entre as pernas. HAHAHAHAHAH

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  4. futebol?oi????? rs

    chorei qdo a mãe do bambi morreu, tá!!!!!!!!!
    hunf!!!

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