sábado, 28 de março de 2009

Social Disease


A tênue linha que separa a liberdade da libertinagem, sempre andou coladinha em mim. Por mais que eu quisesse mostrar pro mundo que não me importava, sou como qualquer outro ser humano: quero agradar aqueles que gosto. Porém, no meio das pedras que haviam no caminho, acabei incorporando o personagem. Na escola, eu era a menina braba, que resolvia tudo na porrada e no palavrão. Na faculdade, eu era a porraloca, inteligente, que já havia começado (e desistido de) outro curso... O que todas essas fases da minha vida tiveram em comum era uma opinião unânime: essa menina é insana.

Mea culpa, nossa culpa. Nunca fiz questão de mostrar que eu era tão enfadonhamente normal quanto qualquer coleguinha que já riu quando falei que sim, gostaria de me casar, ter filhos, trabalhar como burro de carga das 8 as 18, de segunda a sexta... Além de fazer uma sopa de agnoline (vide foto) de se comer rezando! Ok, deixa eu parar de vender meu peixe, que meu DESESPERO pra arrumar marido não é tão grande assim. O ponto é esse: criei uma aura de mulher de aço e calhou da maioria das pessoas comprar a idéia, pois era mais fácil, por diversas razões, me ver dessa maneira. Não digo que não tenho traços fortes na minha personalidade: óbvio que tenho, senão não seria eu, senão você não estaria aqui, lendo esse blog... Enfim, essa "intensidade natural" acabou por me trazer coisas boas.

Em contrapartida, os mais preguiçosos que eu, preferem ficar na superficialidade da primeira impressão. Se pra você é essa que fica, não posso me desgastar mais que o suficiente para te convencer do contrário. Ou de que sim, existe a mulher forte, que encara sexo de uma forma natural (o que não quer dizer leviana), que PENSA e vai assistir futeba contigo, não pra te agradar, mas porque ela é uma espectadora TÃO assídua do esporte quanto alguns homens... Mas ela também terá os momentos de caos interno, insegurança, questionamentos femininos sobre essa ou aquela cor de esmalte, sobre o tríceps NADA malhado, as estrias que tomam conta do abdomen formando dignamente o mapa hidrográfico da Amazônia, o peito que já nao é mais tão empinado assim...

Como comentei no
Caminhante Diurno eu me canso. Posso sofrer além da cota permitida. Mas, assim como uma das minhas Deevas, tenho um espírito prático filho da mãe. E uma incrível capacidade de me Re-Inventar. Com direito a dancinha na esteira e tudo mais.

Ps.: E TODOS OS AGRADECIMENTOS DO MUNDO A
Queroulaine que fez as devidas alteracoes na configuracao do texto. Te vejo na Bella, Bela!

4 comentários:

  1. é isso aí, bee, pau no cu dessa galera.

    sim, farei um comentário decente depois que tiver dormido e acordado linda e fresca, mas não queria deixar passar em branco.

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  2. é nóis na correção.
    te vejo na bella.

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  3. quase entrei em depressão com esse post... (tá, e vc acredita... ahahahah)

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  4. esse espaço de post me causa stress...


    eu não vou escreve meu post tudo de novo... mas adorei... e vc sabe pq!!!

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