quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Fantasmas do Natal Passado

Não lembro quando deixei de amaaar o Natal. Assim como ocorreu com outras pessoas coisas, foi um insight. Leva ANOS pra acontecer, mas quando acontece. Pufff. Parece mágica. Harry Potter teria orgulho. Ou não.

A verdade é que Natal é uma data triste, depois de tantas perdas. E nessa época, quem se foi faz mais falta ainda. Porque é inevitável não pensar em como seria se...

Na minha vida adulta acho que meu último Natal que valeu a pena foi em 2004. Fomos tooodos para Juquehy (É, lá mesmo. Onde jogarão minhas cinzas, daqui uns 70 anos). Rolou o amigo secreto que dura mais de duas horas e todo mundo VERDE de fome pra devorar as delícias preparadas pelas tias. Minha noite terminou comigo e meu primo (na época, ambos sem filhos e hoje, ambos pai/mãe de família) conversando no sofá. Nada de baladas com bebeções homéricas. Nenhuma Bielle* do Natal superou aquilo.

Quando eu tinha mais ou menos uns 4 anos e ainda acreditava em Papai Noel (pero no mucho) tivemos um tradicional Natal em família. Achei que o bom velhinho (que nem parecia tão velhinho assim) estava meio magrelo demais. Mas, mesmo assim, fui lá trocar uma ideia, quando ele me chamou. Diálogo:

- Oi Ana Paula, tudo bem?
- U-hum.
- Então. O Papai Noel tem um presente para você.
- =D
- Mas antes, quero saber se você se comportou bem esse ano...
- Sim... *olhos de Gato de Botas do Shrek*



- Tem certeza?
- PORRA PAI, NÃO FODE! Era o que eu diria a ele se tivesse 28 e não 4 anos. Mas só abri o meu - também tradicional BOCÃO - e chorei a noite inteira.

Mesmo assim Bielle, você NUNCA NA NOSSA RELAÇÃO superou isso.

*Bielle, para os leitores não-cascavelenses (maioria, aliás), é a baladinha com mais de 30 anos na cidade. Morei lá dos 15 aos 18.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Kinsey

Não lembro exatamente se foi em uma revista ou na Tv, mas, há uns 15 anos em uma das muitas entrevistas concedidas mundo afora, Madonna deu uma resposta ao repórter que nunca esqueci. Foi um pouco antes dela engravidar do Carlos León, pai da Lola. Como andava "comportada" demais para os padrões madonnianos, indagaram se ela não fazia mais sexo. "Claro que faço. Só não falo mais sobre isso", foi (mais ou menos) o que a deeva disse.

Sempre gostei muito de "debater" o assunto. Mesmo quando ainda era virgem e as tiurias de Revista Nova eram o mais próximo que chegávamos da pauta em si. O engraçado é que sempre falávamos com propriedade, como se fôssemos experts... Embora algumas de nós fossem sim, mas numa vibe mais "eu, eu mesma e SEM Irene", compreendem?

Hoje ainda trocamos ideias (ai, minha alma!), experiências e afins. Porém, se estamos entre pessoas que não conhecemos direito, a coisa é mais sutil (na maioiria das vezes). Até porque, embora ninguém acredite, eu sou BEM tímida. Logo, quando acho uma pessoa pegável interessante, se ela for desconhecida, NUNCA NA VIDA chegarei perto. No máááximo, fico no canto observando. Claro, dificilmente rola alguma coisa.

E hoje, pensando no assunto, lembrei de uma amiga que achava certas atitudes do peguétis dela um pouco "fantasiosas" demais. Lembro que ela até usou um termo engraçadíssimo para defini-lo: Golden Pica (malz ae, sensíveis e puros de coração). Mas, mais engraçado mesmo, é que os mais, digamos, afobadinhos, cheios de si, são os que entrariam na categoria default.

Pior do que esses, são aqueles que não percebem quão desnecessário são certos comentários, observações e afins. Porque eles são bons. E sem a auto-promoção toda, seriam melhores ainda.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mais do mesmo

Tenho um "amigo" que é praticamente um cérebro gêmeo. Acho que nossa aproximação inicial teve como principal motivo o ceticismo. Ou, como concluímos depois, um PSEUDOceticismo, já que ambos ainda sofremos por esperar dos outros aquilo que eles não podem dar. Ou não querem.

De qualquer maneira, por mais que GRITÁSSEMOS para o mundo que não tínhamos fé na humanidade, que tava tudo na merda e etc, acabávamos por nos magoar com os homo sapiens sapiens. E magoá-los também, claro, que ninguém é santo. A questão é que tenho uma tendência a esperar O MELHOR de quem convive comigo. E mesmo àqueles que conheço há quase 20 anos, ainda tem a capacidade de fazer/falar coisas que me deixam perplexa.

Quando isso acontece, fico me questionando se é pura inocência. Ou só maldade mesmo. Porque o primeiro é o que sempre achamos que fosse. Mas, depois de ouvir toda sorte de comentários, digamos, maldosos ou dispensáveis em muitos momentos, a segunda hipótese não pode ser descartada. Ainda mais quando partem de alguém que beira os 30 anos.

Sétima série never dies.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

I'm not your babe, babe.


Por mais simpática, educada, extrovertida, modesta e outros adjetivos fofos que as pessoas me atribuíram ao longo dos anos, eu sei que não sou exatamente carinhosa. E nem tive uma criação cheia de abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim. Então eu posso fazer o que sempre fiz de melhor: CULPAR MINHA MÃE, aêêê!

Brincadeiras a parte, tenho um problema SÉRIO quando as pessoas me chamam de duas coisas: QUERIDA & AMIGA. Especialmente se isso parte de alguém com quem tenho pouca intimidade. Não, eu não prefiro que me chamem de vaca, cadela, macaca, gazela (embora eu e algumas amigas façamos uso desse tipo de tratamento, tudo MUITO carinhoso). Mas se tem algo que me incomoda é me chamarem de quÉrida.

Uma cliente do local onde trabalho fez isso, dia desses. Ganhou minha antipatia imediata. Don Corleone me chamou de AMIGA. Começou errado. Por eu ser um pé no saco uma pessoa metódica, só chamo de AMIGO quem realmente É. E de querida, só quem é UMA QUERIDA mesmo.

A conclusão que tiro dessa sessão, blogger? Talvez, eu seja como minha amiga Julie, que sofre de síndrome de estivadora. E tem plena consciência que nunca será uma Sandy Leah nessa vida. E, provavelmente, ATÉ sejE querida, amiga, uma fofolete pancinha, mas não com muitas gentes.

Note a boquinha de boneca inflável :O

domingo, 22 de novembro de 2009

Caderno de Confidências


Há alguns dias, por conta de uma postagem, novamente me senti na 7ª série. Mas, de uma maneira até divertida, que me remeteu aos cadernos de confidências. Eles circulavam nas salas de aula, com inúúúmeras perguntas e, pra finalizar, um "deixe uma recordação para mim".

Dos 10 aos 14 anos, eles eram a base para a galerinha aprontar altas confusões. Pois ALI você saberia quem estava na lista de pretês do moreno-alto-bonito-e-sensual (alguém pode ser isso aos 13 anos?). Quem encabeçava o ranking de melhores amigos & amigas da menina mais popular. E, na parte das recordações, dependendo das palavras usadas, você poderia alimentar ilusões, ler nas entrelinhas, etc... Dá pra chamar isso de mensagem subliminar, galerinha da PP?

Bom, eu nunca estava entre a lista de possíveis peguétis. Mas sempre fui a MELHOR AMIGA. Do moreno anteriormente citado, do menino de olhos verdes que imitava Michael Jackson, do que tinha a sexualidade questionada por todos, da menina que ficava HORAS & HORAS ao telefone chorando por ser gordinha e ter espinhas... E isso, estar entre as ++ do rol de amigos, me trazia
problemas. Porque era um PROBLEMÃO PARA UMA ADOLESCENTE DE 13 ANOS precisar listar quem eram OS SEUS melhores amigos. E a sequência que isso aparecia era determinante nas relações.

A verdade é que sempre me senti a MELHOR AMIGA. Já não vejo isso como uma fuga, um problema, algo ruim. Cheguei naquela idade em que a gente para de
punhetar questionar certas coisas e simplesmente as aceita. De qualquer forma, voltaemeia deparo-me com essa necessidade de que GOSTEM de mim. Tá, todo mundo sente isso, até aqueles que se dizem bem resolvidos/autossuficientes (acho que com a Reforma Ortográfica fica assim. Doeu na alma.). E, como meu problema é pensar demais (e talvez por resquícios dos cadernos de confidências), sempre vejo coisa onde NÃO TEM. E fico me sentindo como Baby Sauro (sim, o ser que ilustra essa postagem) com seu bordão "Você TEM QUE me amar!".

No fundo, como diriam aqueles ingleses lá: All You Need Is Love.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

*mimimi*

E essa vai para aqueles miguxos que, assim como eu, não resistem a um BOM *mimimi*.


Não consigo deixar de olhar pra essa foto e imaginar que é E-XA-TA-MEN-TE essa a cara que algumas pessoas fazem quando estão de *mimimi* pra cima de mim.










Buuu! E, REALMENTE, "They don't know they mimimi" explica muita coisa.












Fim.

Citando as fontes:
A primeira, quem me mostrou foi um amigo cariooocammm e eu tirei daqui.
A segunda foi um companheiro de mimimi, e veio de cá.
O último foi digitando mimimi no Google e clicando em imagens. E descobri o ótimo
Peão Digital.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Não tinha medo o tal João do Santo Cristo...

Foi Caetano que disse "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". Provavelmente ouvi essa música pela primeira vez em algum programete péla-saco na Casa da Cachaça, um dos nossos redutos londrinenses. Show dos Acústicos Y Guerreiros? Pode ser também. E lá se foi mais de uma década.

Há cerca de 1 ano, fiz minha primeira visita a um psiquiatra (antes disso, só terapia com psicólogo). Foi durante uma crise braba, na qual o diagnóstico era Transtorno de Stress Pós-Traumático + Síndrome do Pânico (que acaba sendo um sintoma do primeiro...). Eu estava em Santa Catarina e, dias depois dessa consulta,
aconteceram as enchentes , que todo mundo deve lembrar e devastaram o Estado. Encontrava-me em uma das cidades atingidas por aquelas chuvas torrenciais, mas não chegamos a sofrer com isso. Quando os ônibus começaram a partir de lá, tentei voltar a Curitiba. Andei uns 5 km e desisti, assim que percebi não ter condições de seguir viagem.


Em dezembro, teve o show da tia, já mencionado. Passagens compradas, alguns encontros programados, hotel reservado. NO DIA em que sairia de Curitiba, rumo ao Rioam de Janeiroam, novamente senti que não CONSEGUIRIA ir. Devolvi as passagens, cancelei o hotel e entrei em contato com quem me acompanharia nessa empreitada para que a pessoa vendesse meu ingresso. Era uma sexta-feira. E eram entradas para a Área Vip (não estou arrotando riqueza, trabalhei feito condenada pra pagar isso, dá licença). No sábado, mais oscilações, muito mimimi e toca pra rodoviária NOVAMENTE comprar passagens. E, como diria a dona dos olhos azuis mais fantásticos que já tive a oportunidade de olhar de perto: "I have no regrets". Ah, vá lá, um ou outro, talvez.


Nesse ano, após um período de intensa euforia, já dava pra antever que lá vinha merda. Naquela fase do pós-operatório que relatei várias vezes
por aqui, novamente mergulhei numa crise profunda. Poucas pessoas tinham "permissão" para chegar perto. O engraçado é que algumas não estavam fisicamente próximas. O critério para eleger os pobres que aguentariam minhas lamúrias foi: duas, além de termos elos fortíssimos, têm a cabeça mais fodida que a minha e uma é amiga de fé, irmã camarada. Além de termos uma linha de raciocínio semelhante, claro.

Foram manhãs, tardes, noites e madrugadas pensando, pensando, pensando TANTO que em alguns momentos a cabeça parecia querer explodir. Embora essa meia dúzia de gatos pingados que me "acompanhou" fosse parte essencial para eu sair do buraco, era a noite, em uma caminha de solteiro, depois de assistir uns seis episódios seguidos de In Therapy que eu chorava. Muito. Por diversas razões: por me sentir incapaz, por ser frustrada profissionalmente, por não ter coragem de dizer aquilo que importa a quem realmente importa, por não me sentir mãe de verdade, por NÃO TER VONTADE para fazer nada para mudar essa situação. O suicídio, claro, era cogitado constantemente. Mas, quem me conhece, sabe que esse não é meu perfil. Eu desejava ardentemente que tudo tivesse um fim, mas não queria que a iniciativa para ESSE FIM partisse de mim, entende? [/Pelé]

No meio desse turbilhão, uma amiga que estava por dentro do caso, sabiamente disse: Acho que a tendência é as coisas melhorarem aos poucos, na cidade que você gosta, trabalhando com gente que você gosta, quietinha lambendo as feridas.

E foi assim, QUIETA, achando que incomodava poucos, que as coisas começaram a entrar nos eixos. Mas, novamente citando a tia, "uncomfortable silence, can be so loud". E minha apatia, meu silêncio, parecia muito mais ofensivo do que se fizesse o ouvido DE GERAL de penico e chorasse um pomar inteiro (pitangas não seriam suficientes).

A verdade é que, pra quem não está no olho do furacão e acha tudo isso uma frescura do caralho, é fácil rotular. Julgar. Concluir. Fechar a conta e passar a régua. E é nessas horas que eu preciso baixar a crista e agradecer aos meus pais por terem me dado uma educação BOA O SUFICIENTE para saber RESPEITAR as pessoas. Porque é TÃO SIMPLES, sabe? Diferenças existem e sempre existirão, acredito que é disso que as relações são feitas. Mas o respeito por elas é fundamental. É não sair por aí, achando-se muito "polêmico" e gritando aos 4 cantos que fulana só procura os outros quando precisa, por exemplo. Na verdade, quando eu mais precisei, não precisei procurar ninguém. As pessoas certas nunca saíram do meu lado.

Pronto, faroestecabocleei.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Do Bife ao Infinito*

Foi domingo à noite. Até então, meu conhecimento sobre o (já nomeado assim) Caso Geisy Arruda não passava de olhadelas para a tv enquanto picava um alho ou ralava uma abobrinha, durante o JH. Mas, nesse último dia 8 de novembro, uma fúria que daria orgulho a Betty Friedan apoderou-se da minha pessoa e devorei todas as reportagens que a globo.com disponibilizava sobre o assunto. Resumidamente, o que li, dizia: aluna que usou vestido curto e causou tumulto é expulsa de universidade (decisão já revogada, aliás).

Tentarei não entrar no mérito estético da questão. Isso eu deixo para o pessoal do Esquadrão da Moda e para os milhares de blogueiros que escrevem sobre o assunto. Mas, embora a pauta esteja um pouco desgastada e talvez minhas colocações não tragam nada novo, quero falar disso. Até porque o blog é meu e se eu não brincar, ninguém brinca.

A primeira vez que me deparei com o conceito destrinchado de UNIVERSIDADE foi há mais de 10 anos, quando ainda cursava Serviço Social na UEL. Em mais uma discussão recheada de pseudointelectualismo metido a besta, um colega chamou a atenção para o significado da palavra: é algo UNIVERSAL, que abriga a diversidade de crenças, orientações, opiniões... Especialmente no caso das públicas e grandes, como a Estadual de Londrina.

Nas imagens que vi do tal "tumulto", a impressão era que os meninos mais pareciam homens de neandertal. Será que "na balada", onde as roupas podem ser infinitamente mais chamativas e desprovidas de tecido eles comportam-se assim? Afinal, se a base do argumento é essa, começo a achar que estou certa em subir a escada rolante do shopping, me policiando por trajar um vestido, mesmo usando uma meia-fina por baixo.

Outra questão é algo que volta-e-meia penso (e até já coloquei em comentários, blogosfera afora): por que as mulheres se detestam tanto? Em diversos âmbitos, sempre nos vemos como ameaças. A convivência profissional em um ambiente majoritariamente feminino É muito mais difícil do que em um que exista, ao menos, um equilíbrio dos gêneros. E a inveja? Ahhh, essa matrona! Porque você pode ser muuuito mais bonita, classuda, loira natural, magra & alta. Mas, a partir do momento que uma outra garota atrai MAIS olhares (em especial, os masculinos), ela será alvo dos comentários mais "ácidos" (para ser bondosa na qualificação) por parte de suas coleguinhas. (Aliás, adorei o que o segurança disse).

E por último, mas não menos importante: embora discorde das feministas ferrenhas em alguns aspectos, fico pensando em como a "evolução" da nossa sociedade mudou muita coisa. Em um país que já teve Patrícia Galvão, pra citar UM exemplo nacional, como símbolo da luta pelos direitos das mulheres, hoje, quem parece nos representar é uma garota de 20 anos que, embora esteja no picadeiro como atração principal de um circo, não demonstrou ter discernimento suficiente do que isso representa. Aliás, alguém sabe me dizer se ela aceitou o convite da Playboy?

Pois é, como diria Macunaíma: "Pouca saúde, muita saúva, os males do Brasil são". Sim, com trocadilhos.

*Roubei da Marilena Chauí (professora e filósofa) que, em entrevista nos anos 90 ao perguntarem quais eram suas preocupações diárias disse: "ora eu vou do bife ao infinito".

domingo, 8 de novembro de 2009

Too much information


Hoje acordei nostálgica. Parei pra pensar que daqui uns dias fará um ano que fui pra Rio e Sampa ver Madonna. Em um ano como 2008 (que foi bem mais merda que o normal, porém acho que na-da irá superar 2009. Mas isso é mimimi assunto pra oooutra postagem), aquela semaninha entrou para o hall de ponto alto da minha vida [/Beleza Americana].

En-fim. Uma coisa leva a outra e ME DEI CONTA de que o Natal tá aí. Nem acendi minha vela de finados, mas o Shopping Müller faz questão de GRITAR com suas luzinhas na fachada que o TEMIDO 24/25 de dezembro é logo ali. E que preciso começar a pensar no que farei esse ano, quais são minhas OPÇÕES REAI$ e etc. Ou seja, passar da nostalgia à neurose em 3 segundos? Trabalhamos.

Como bipolaridade pouca é bobagem, lembrei imediatamente das incríveis aventuras praiÊras de outrora. É - no mínimo - engraçado: pessoas que antes faziam pirâmides com cerveja numa sacada ou furavam máscara do Mr. M (não pergunte) para que o cigarro passasse na boca hoje estão casadas e com filhO (calma que ainda é singular). Ou só com a segunda opção (oi?). Essas mesmas criaturas sabiam T O D A S as coreografias de Axé Music do carnaval de 2002. Onda-Onda, Olha a Onda - CLAP CLAP! Kleber BamBam teria orgulho, ein?



E, pra finalizar, nada supera o esmero na coreô de um clássico latino que, se não me engano, era parte da trilha sonora de Meu Bem, Meu Mal - Internacional:



Mar ibiza loco mia
Sol ibiza loco mia
Marcha ibiza loco mia
Crazy ibiza loco mia

Ah, no lugar dos leques, usávamos nossas cangas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"Quando a esmola é demais, o santo desconfia"

Certamente existem muitas outras frases da sabedoria popular que ilustram essa sensação que nós, os pessimistas realistas temos quando algo é BOM DEMAIS PARA SER VERDADE. Eis a historinha que compartilharei com vocês, queridos leitores.

Como vocês puderam acompanhar aqui no blog mesmo, voltei pra capitaR do Paraná há alguns meses. Comentei rapidamente sobre a dificuldade que é achar uma faxineira por essas bandas, já que a anterior provavelmente está passando férias em Fernando de Noronha. Após ligações para amigos, conhecidos, frases emessênicas e TUDO que considerei plausível, consegui uma diarista. Ela veio em um sábado de manhã e levou O DIA INTEIRO pra limpar metade da casa. Quem conhece, sabe que é uma casa grande sim, mas não exatamente DIFÍCIL de limpar. E eu sei disso porque durante mais de um ano fiz às vezes de Dona Maria, sozinha. Ok, levava uma semana pra limpar tudo, mas limpava.

Voltando. Digamos que uma frase de um dos roomaties define bem a situação acima: "eu, COM A BARRIGA, limparia mais rápido". Tchau 60 reais + o busão para continuar com a parte mais usada da casa (os quartos, estávamos todos numa fase bolha) suja, bagunçada, etc. Ok. Retornei a minha SAGA e consegui outra diarista. Essa veio, deu conta, caprichosa e essas coisas que mulher repara messsmo! PORÉM, começou a faltar demais. E A NÃO LIGAR PARA DAR UMA SATISFAÇÃO. Por favor, se eu estiver sendo uma patroinha muito malvada, digam: não é o certo, quando se falta no emprego, ligar pra avisar o chefe que não vai porque, SEI LÁ, está com uma virose? Enfim, essa não fazia isso. E EU, precisava ligar pra saber o que tinha acontecido e se ela estaria lá no outro dia para repor...

Durou pouco mais de um mês. A justificativa foi que, por problemas pessoais, precisaria parar de trabalhar. E aí vem a parte que fará a conexão com o início do texto: indicou a cunhada, apelidada carinhosamente de Corleone (Politicamente corretos e afins, se procuram coisas fofas e harmoniosas, estão no Blog errado, grata): a voz da bichinha é IGUAL ao do Godfather, imortalizado por ninguém menos que o saudoso Marlon Brando. JURO.

Mas o que me deixa cabreira, com aquele mesmo sentimento que tenho quando algum "relacionamento" é normal demais, certo demais, seguro demais é o fato dela:

#1 => Dar conta de QUASE TUDO muito bem e em MENOS TEMPO que a cunhada, que já era rápida.
#2 => SE OFERECER para fazer serviço a mais, como por exemplo, lavar nossa roupa (coisa que nós mesmos fazemos, já que LAVAR NOSSA ROUPA é o mesmo que COLOCAR NA MÁQUINA, por aqui).
#3 => Como havia muita roupa pra passar, ela não conseguiu fazer isso hoje. E propôs vir na segunda-feira, SEM COBRAR NADA, para não precisarmos esperar até a outra sexta e ela adiantar o serviço.

Nesse momento peço licença para fazer um paralelo com meus (HAHAHA) relacionamentos amorosos. É mais ou menos assim: se o cara for filho da puta comigo, me tratar com indiferença, sentir ciúmes, sei lá, do Wagner Moura, enfim, me fazer comer o pão que o diabo amassou eu vou achar suuuper normal. Agora, se me tratou bem, é atencioso, troca chuveiro, cozinha (ou, ao menos, lava a louça) e etc, só consigo ter um pensamento obsessivo:

OK, QUANDO É QUE VAI DAR A MERDA?


E é exatamente o que estou pensando agora, com relação a minha faxineira, prezada audiência. Sad, but true.

Quem ama bloqueia?

Já virou clichê afirmar que a internet e todas as maravilhosas ferramentas que chegaram com ela mudaram completamente os relacionamentos, sejam eles entre "bons amigos" ou "algo mais". Mas, desde que li isso aqui, passei a pensar em como o tal "Bloquear Contato" no Msn virou uma espécie de recado que o bloqueador quer mandar ao bloqueado. Porque, obviamente, já existe também um jeito de descobrir que fulano, ciclano & beltrano o excluíram de sua roda virtual (?) de amiguinhos.

Isso me remete a sétima série, no meu saudoso, querido e muitas vezes já citado Colégio Ideal. Não que eu sejE suficientemente bem resolvida para NUUUNCA fazer isso. Ô. Em certas fases se eu parar e olhar pra minha listinha de contatos, tem mais gente bloqueada que o contrário. Mas acredito que esse recurso é algo que uso com quem quero evitar qualquer tipo de conversa, *mimimi* ou só porque a pessoa é xarope mesmo. Em alguns casos ela é a própria TOSSE, enfim...

O que me deixa curiosa é o fato de alguém que, muitas vezes, se diz bem resolvido e vítima de psicopatas fazer isso sem aparente razão e, meses depois, talvez esperando alguma forma de contato do bloqueado ou só que a "raiva" passe, acorde um belo dia e fale: vou desbloquear essa pessoa. Queria entender de que maneira se dá o instante mágico, o plim!, o insight...

Em suma, BLOQUEAR CONTATO is the new black nas relações sociais. Em alguns casos pode ser traduzido da seguinte forma: é você estar tão puto, mas TÃO PUTO com alguém que não quer nem falar isso pra pessoa e, MUITO MENOS, dar chance pra ela se defender. Ou seja, evitar a DR, até que um belo dia, vocês voltem a se falar como se nada tivesse acontecido e, sei lá, viagem juntos pra algum lugar, cada qual com sua razão.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

E teeerrr na mennnteee dentro dos nooossos coraçõõões!

Eu ia escrever um post cheio de rancor, mágoa, ódio & todos esses sentimentos "fofos". Tudo por conta de uma atitude besta que, noto, alguns homens tem em relação a mim quando falo de Futebol. Por ser um território majoritariamente macho, sinto que certos espécimes do sexo masculino não admitem mulheres dissertarem sobre o assunto e as ignoram, sem mesuras.

Então, num papo com um amigo que não pensa assim, começamos a falar sobre a ORIGEM desse meu amor pelo esporte bretão. E lembrei do meu pai. Às vezes ele me levava em seus sábados boleiros pra brincar com as outras meninas que também acompanhavam seus pais. Às vezes ele assistia futebol aos domingos. Mas não tentava me explicar o que era linha burra, escanteio, tiro de meta. Acho que essa minha relação de amor com o esporte surgiu naturalmente. Junto com meu fanatismo pelo Corinthians? Talvez. Se meu pai influenciou, mesmo que sutilmente? É muito provável.

A verdade é que sou muito meu pai em diversos aspectos. E tenho dívidas que jamais serão pagas com ele. Afinal, SÓ ELE pra aguentar meus surtos psicóticos às 2h da manhã, porque, CLARO QUE TINHA LADRÃO DENTRO DE CASA! Detalhe: estávamos há 500km de distância. Ou só ele pra se despencar do trabalho para um clube longe da cidade, só pra fazer fogo na churrasqueira porque um bando de pentelhos de 11 anos resolveram comer churrasco (só não sabiam como fazê-lo). E eu poderia continuar essa lista ad infinitum, por que né? Ele é o vovô-papai!

Tem uma foto que minha mãe costuma chamar de tempo das vacas magras. Estamos, eu e meu pai: ele sentado na escada e eu em pé, com 1 aninho, talvez menos. Pernas de saracura (ambos, aliás) como sempre. Eu, de fraldão. Ele,
devidamente trajado com o que hoje os modernetes chamariam de camisa VINTAGE do Botafogo (graças a Deus NISSO ele não conseguiu me influenciar!). E ele me segurava pelos braços, pra que eu parasse em pé. Afinal, foi sempre assim, né pai?

*A foto eu juro que postarei num update. Mas, pra isso, preciso ir pra Cascavel e encontrá-la!*

U P D A T E!
Então, tá aí a foto. Quem teve o trabalho de procurar e me entregar foi meu pai, claro. E ele nem sabe pra que eu usaria... E nem deverá conhecer esse texto. An-fãn:


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

MudançaS de HábitoS


Quando eu estava na 8ª série, as formaturas (assim como as festas de 15 anos) eram demodês. O negócio era viajar. Com nossa turma, não foi diferente: fomos para Aguativa, uma estância de águas termais que fica em Cornélio Procópio, norte do Paraná. Falando assim parece chiquééérrimo, mas nem era TANTO.

Semanas antes, nos preparativos para a excursão, a lendária Tia Izailda entra na sala para conversar conosco sobre as questões financeira$. Como seriam pagas as diárias, o que estava incluso e etc. Não lembro exatamente como funcionavam os gastos extras que teríamos, mas era necessário mandar a grana antes. Era como numa "quermesse" ou "festa junina" (ao menos aqui no Sul funciona assim): você compra fichas que serão usadas, no caso de Aguativa, para adquirir refrigerantes, salgadinhos, doces e afins. E alguém precisava ficar responsável por COLETAR esse dinheiro.
A diretora dos meus saudosos tempos de Colégio Ideal deixou isso para mim. A justificativa? "Preciso de alguém bravo o suficiente para a função. Nessa turma, não tem melhor".

A verdade é que sempre me deram o papel de MADRE SUPERIORA em diversas situações. E sempre desempenhei o personagem, sem questionar muito. Logo, a fama de "fera", estourada, ou só chata mesmo sempre me perseguiu. O mais "irônico" disso tudo é que não gosto de CHEFIAR. Não me sinto à vontade. Mas, quando percebo, já estou agindo como a coordenadora do setor ou como a mamma que briga com seus filhos para que eles se comportem. E nem tenho decendência italiana.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Se fosse bom, vendia...

Não lembro exatamente se foi sexta ou sábado, mas o Estrela Guia MANDOU eu botar ordem na bagunça. Da minha casa. Resolvi começar pelo closet no corredor, onde tem de tudo, menos roupas. Revistas, jornais-laboratório, materiais de campanha política, exercícios vocais do treino da RPC e alguns e-mails impressos.

Entre "milhares" de Novas, Vejas, Contigos!, Cartas Capital, Corpo a Corpo, Caros Amigos e afins, lá estavam alguns manuscritos. Não coloquei data em nenhum deles, mas posso dizer que o *mimimi* é atemporal. Encaixaria-se em diversas fases "críticas" de mi bida.

Além das cartas suicidas, os e-mails também são divertidos. Num deles, uma amiga diz para eu não vir pra Curitiba de jeito nenhum, pra segurar meu trabalho na área (a-do-ro esse termo) mesmo que estivesse ganhando R$ 300/mês.

E lá se foram quase seis anos. E continuo não sendo "muito boa" em seguir conselhos.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ana no mundo da iiimagiiinaçããão

Cena 1:
Aquela pessoa que passou + ou - 25 anos chamando você de GORDA está um "pouquinho" acima do peso. E resolve adquirir um vestido frente-única longo. Detalhe: ela mede1m55. Aí, trajando a referida indumentária ela vem perguntar "Ficou bom?". E eu responderia, se fosse uma bitch vingativa:

- Gordinha + baixinha NÃO PUÓDI usar vestido longo. Sorry. Foram aaanos lendo revistas de moda pra saber que essa combinação achata a silhueta, fofa! :*

Cena 2:
O carteiro mala vai entregar uma correspondência que necessita sua assinatura. Ele ESPANCA o portão, você abre e, enquanto estão nos mimimis de assine aqui, coloque seu RG aqui, ele diz: "Ainda sem campainha?". E eu, que resolvi não engolir mais sapos digo:

- Farei 3 orçamentos com empresas diferentes. O senhor prefere que os envie por fax ou e-mail para que possa escolher a que cabe melhor na sua rotina financeira? Acredito que alguns até parcelem no cheque, veja só...

Cena 3:
- Ana, acabou o açúcar.
- Não queridjinha, estamos numa campanha para um MUNDO LIVRE DE DIABETES. Faça como eu: USE ADOÇANTE.

Tô com formigamento no braço e com um aperto no peito. Se enfartar, não foi por falta de aviso. E levei 10 minutos pra escrever isso aqui. UFA.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sobre raquidiana, fio azul e Hello Kitty

E não é por falta de assunto que eu deixo de atualizar a parada. Preguiça pura & simples mesmo. Então que há exatos 4 anos atrás no passado, eu estava numa cama de hospital, deliiirando muito. Efeito da tal anestesia raquidiana, provavelmente. Lisérgico, diria.

Há 3 anos, meus "companheiros" eram docinhos, salgadinhos, balões e um fio azul. Todo mundo se entupindo de Coca-Cola e eu tomando suco de abacaxi com hortelã (e.mais.nada.). Incrivelmente, SUPER FELIZ com todas as mudanças que A VIDA prometia naquele momento. E elas vieram, acreditem. Talvez não da maneira que eu esperava, mas estão aqui, dando o ar da graça todos os dias, mesmo que em doses homeopáticas.

Há dois anos, segundona daquelas, pós casamento de amigos muuuito queridos. A festa foi sábado, mas a ressaca persistiu por dias... Mesmo assim, ajudei a apagar as velinhas de um bolo com a cabeçona da Hello Kitty, numa espécie de guardanapo comestível. Delícia!

Há um ano (não foi exatamente assim, mas prefiro acreditar QUE FOI) eu enrolava brigadeiros e beijinhos enquanto dizia para outras pessoas como queria o molho do cachorro quente. Exagerei na dose e pude congelar o tal molho por MESES, claro.

22 de outubro de 2009. Vou ter que sentir a felicidade de ganhar uma festinha no colégio e uma bicicleta (também da Hello Kitty, sempre ela) por telefone.
Como eu consigo? Eu TENHO que conseguir!

Update!

Então que lembrei que tinha fotos do tal bolo de Hello Kitty e não poderia deixar de colocá-lo aqui... Se procurar direito, acha até do fio azul...




Bem leve, leve, releve...

Há algum tempo, toda vez que entro aqui, olho pra esse layout da pin-up voadora e só consigo pensar: gente, em que tempo FUI ISSO mesmo? Além de bipolar, estou com problemas de memória também, vejam só. Porque é claro que nessas oscilações constantes confundo muito as pessoas. E elas estão acostumadas aos rótulos e essa de não saber muito bem o que vem por aí as deixa sem saber como RE-agir aos "rompantes."

Então, quando me deparo com essas situações, respiro e tento pensar: "ok, se EU não consigo lidar muito bem, como vou exigir que os outros saibam o que fazer?". Pois é, estou numas de ser compreensiva, vejam só [2].

E eu não sei exatamente porque comecei esse post. Acho que é por conta do sonho que tive esse noite. Ou porque ontem eu estava indecisa entre assistir a um show das Pussycat Dolls ou ao futebol de quarta SÓ para secar o ARQUIRRIVAL do meu time. E parece que deu certo, ein?

Ou talvez seja O UNIVERSO querendo mostrar que, não importa o quanto eu fuja, evite, corra léguas, certas coisas sempre estarão ALI. Pelo simples fato de que eu sou mulher e ponto.

E posso usar a TPM como justificativa pra QUASE tudo, HÁ!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Na bolha


Já tem alguns meses que eu penso em escrever sobre como é difícil ser antissocial. Dá mais trabalho do que ser 'O MAIS POPULAR' e estar em todas, fa-to. Até porque essa tal bipolaridade me permite perambular entre os extremos. A verdade é que as pessoas, especialmente as mais próximas, não sabem lidar com esses momentos de reclusão alheia. Elas acham que devem estar S E M P R E forçando contato para mostrar "ó, eu tô aqui, conte comigo, etc...".

Aí você TENTA ser mais diplomática. E apenas dar DICAS aos brasileiros (aqueles que NÃO desistem NUNCA) de que esse não é o momento. Claro, não funciona. Então você começa a sentir falta daquele "seu eu", que batia portas, gritava, chorava, esperneava, tudoaomesmotempoagora, mas pelo menos SE FAZIA ENTENDER. Só que, né? Também dá trabalho ser (completamente) maluca.

Isso tudo, essa bagunça interna que parece não ter fim, acaba mostrando muuuitas coisas sobre mim. Mas também, sobre os outros. E como alguns, infelizmente, só funcionam na base da [Maçaranduba] PORRADA [/Maçaranduba]. Não aquela que quase destruía as portas do Colégio Ideal. Isso requer barulho e comecei a apreciar demais o silêncio. Mas a sutileza da indiferença. Que, depois de muito murro, aprendi, pode ser mais dolorida que qualquer olho roxo.

Deu trabalho!


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

NÃO quero ser grande!

Mimimimimimimimimi...
Rááá!


Ficar tanto tempo sem postar, aumenta a (auto)cobrança pra escrever algo RELEVANTE. Não que esse seja o objetivo do meu Blog. De qualquer maneira, foi um mês de silêncio - nem um pouco dourado - e mudanças de ares. E, nesse ponto, percebo o quanto é uma característica minha ter dificuldades para aceitar mudanças. Por mais que as queira. Na verdade, é estranho REcomeçar.

Quando ainda estava em Cascavel, uma amiga disse que "em alguns momentos, para dar um passo a frente, é preciso dar dois para trás". Deixando a vibe augustocuryana de lado, resolvi experimentar isso e, cá estou eu, no mesmo lugar que trabalhava ano passado (e totalmente fora da "minha área"). De maio até então, tive momentos difíceis, mas necessários para TENTAR entender tudo o que aconteceu. E percebi que, na ânsia de atender as expectativas (minhas e do mundo) acabei dando um passo maior do que a perna.

Não faço idéia do que vem pela frente. Ainda estou reorganizando a vida, a casa, a rotina... Sinto uma falta IMENSA dos meus pais e, principalmente, da minha filha. O estranho é que, quando estava próxima, queria estar o mais distante possível. Bipolar?

Isso só me faz constatar que NÃO POSSO TER TUDO. E que, SIM, terei que aprender a lidar com as consequências das minhas escolhas, a dar um passo de cada vez e que, MEU DEUS, como é difícil conseguir uma diarista em Curitiba!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Matreiro Vento Norte...

Pensei em esperar até a próxima semana, quando as coisas devem voltar mais ou menos pro eixo, para escrever alguma coisa. Mas, se você estivesse aqui nesse momento, entenderia o porque de colocar meus dotes de Rainha do Protelar em prática. São várias sacolas, algumas caixas e um daqueles sacos de guardar edredon, CHEIOS de roupas, calçados, dvds... Sim, já me xinguei 8947394 vezes por trazer toda essa quinquilharia que nem usei pra cá e, agora, levar tudo de volta.

Fora isso, mais duas malas. O bom é saber que essas coisas voltarão pra um lugar onde devem ficar por UM BOM TEMPO. Não direi que NUNCA deveriam ter saído de lá. Até porque, não sou o ser humano mais estável que conheço. Mas, o melhor é que poderei organizar tudo isso, comendo pão do Mercadorama. E, certamente, pensando: ANA PAULA, CHEGA DE SURTOS PELOS PRÓXIMOS, HUMMM, DOIS ANOS, TÁ?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mau Ator ou Idiota?

Sonhos de Uma Noite de Verão por Som e Fúria. Foto do site oficial.

Há uma semana estreou na Globo a minissérie Som e Fúria. Baseada em um seriado canadense e dirigida por Fernando Meirelles, é das melhores coisas que passa na tv aberta hoje em dia. Claro, a audiência é baixa. Mas não vou ficar de mimimi, debatendo sozinha sobre a falta de cultura do brasileiro, porque ninguém dá valor a produções de qualidade e que o povão merece mesmo é o esculacho do Toma-lá Dá-cá (são tantos hífens...).

Resumidamente, a obra conta os bastidores da Companhia do Teatro Municipal de São Paulo e das trocentas montagens shakespearianas que eles fizeram. E como as obras do dramaturgo inglês podem enlouquecer quem as encena. Eu não sou uma perita em seus textos centenários, nem paciência para assisti-lo nas mãos de Kenneth Branagh eu tive. Mas, se ATÉ Felipe Camargo ficou bom, acho que vale a "espiadinha". Além disso, o cenário é Sampa e eu fico me divertindo tentando adivinhar que-lugar-é-esse-que-tá-mostrando-agora. O que acaba por ser mais melancólico, lógico.

Na chamada que o plim-plim preparou, falam que dá pra encontrar Luxúria e Loucura na minissérie. Particularmente, vi muito mais a segunda característica. E isso não é ruim: torna tudo mais divertido e próximo da realidade. Em alguns momentos, até, reflexivo.

Entre um delírio e outro, flashbacks de um surto, situações mal-resolvidas, acredito que passamos a nos identificar um pouquinho com cada personagem. Dante (Felipe), o diretor idealista, maluco e talentoso. Ellen, (Andréa Beltrão) a atriz de meia-idade que vê o tempo passar e acredita que pode enganá-lo se beber da fonte de outros jovens. E Oliveira (Pedro Paulo Rangel), aquele que foi criativo e agora é apenas uma bee fantasmagórica. No sentido literal.

No fim das contas, o que fica é a trágica frase retirada de MacBeth e citada por alguns no decorrer da trama:
"A vida é só uma sombra: um mau ator que grita e se debate pelo palco, depois é esquecido; é uma história que conta o idiota, todo som e fúria, sem querer dizer nada". E, fora dos textos de Shakespeare, será possível levar a vida tanto como mau (às vezes, PÉSSIMO) ator, quanto como idiota?



domingo, 12 de julho de 2009

Grande Virada

Não sei se é a idade, situações vivenciadas nos últimos tempos ou apenas SACO CHEIO mesmo. Mas, conversando com um amiga dia desses, percebi que algumas insatisfações dela são semelhantes as minhas. Quando ela começou a falar sobre como pensava em "largar tudo, ir morar no litoral e viver de bolsa família" pois não aguentava mais "trabalhar 7 meses por ano pra pagar imposto e não ter dinheiro pra nada" até a questionei se conseguiríamos levar essa vida mais simples.



Então, em mais um dia daqueles, fui rever Jerry Maguire. Fiz isso há menos de 2 meses, no dia do meu aniversário. Passei as mais de duas horas do filme, praticamente, em prantos. Porém, hoje, chorei menos. E descobri que Cuba Gooding Jr. GRITANDO "Show me the money!!!" é algo que REALMENTE me irrita. Até questionei o Oscar que ele ganhou por ESSA interpretação.

Bom, voltando. Pra quem não lembra, Jerry Maguire é aquele filme com o Tom Cruise em que ele faz um agente de esportes. Em meio a uma crise de consciência, escreve uma declaração de metas. Nela, ele diz algo sobre ganhar menos dinheiro, atender menos clientes e dar mais atenção às pessoas. Na história tudo corre + ou - lindamente e a mãe solteira até casa com o cara de sorriso irresistível!

Romances hollywoodianos a parte, comecei a analisar o que essa amiga disse. E lembrei-me de como penso, nos últimos meses, que o melhor trabalho que tive foi como secretária, no escritório de arquitetura de um casal de amigos. O salário era 1/3 do que eu ganhava em meu último emprego e, mesmo assim, sinto uma falta danada do que fazia lá. Ainda me considero jornalista, acho que vou morrer jornalista. Só ando cansada de ficar buscando incessantemente por algo que, às vezes, nem sei o que é.

Outro dia, Lya Luft escreveu em sua coluna na Veja sobre essa procura, às vezes insana, pela felicidade. Reproduzirei três partes que achei incríveis abaixo. Quem quiser ler a coluna na íntegra,
clica aqui ó.

"Na dura obrigação de ser "felizes", embora ninguém saiba o que isso significa, nossos enganos nos dirigem com mão firme numa trilha de contradições. (...) A gente se imagina moderno, mas veste a camisa de força da ignorância e da alienação, na obrigação do "ter de": ter de ser bonito, rico, famoso, animadíssimo, ter de aparecer – que canseira. (...) Então vamos ao nosso grande recurso: a bolsinha de medicamentos. A pílula para dormir e a outra para acordar, a pílula contra depressão (que nos tira a libido) e a outra para compensar isso (que nos rouba a naturalidade), e aquela que ninguém sabe para que serve, mas que todo mundo toma. "



sábado, 11 de julho de 2009

Viva junto, morra sozinho

Live Together...

Há alguns dias o Tofi, nosso cocker spaniel que minha mãe encontrou no início de 1995 na rua, morreu. Pelas nossas contas, ele já devia estar com 15 anos. Foi, sem dúvidas, o cachorro mais bonito que tivemos. E o mais brabo também. Sim, ele já estava velho. E não posso dizer que fiquei aos prantos, porque ele estava sofrendo muito.

No fundo, senti alívio por não precisar levá-lo pra sacrificar. Passamos por nosso momento Marley & Eu, quando a coisa realmente ficou feia, mas ainda prefiro que a natureza faça sua parte. Podem me chamar de egoísta, mas não tenho estrutura psicológica pra carregar uma "culpa" dessas.

Tivemos alguns problemas para enterrá-lo já que meu pai ou algum funcionário sempre fez esse trabalho e ninguém estava na cidade para ajudar. Então, ao tentar (sem sucesso) fazer um buraco pra isso, tive - mais uma vez - o exemplo da, provavelmente, frase mais antológica de Lost: LIVE TOGETHER, DIE ALONE.

... die alone.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Das pequenas irritações

Então, já que fizeram o favor de citar minha alcunha num dos memes da vida, lá vou eu fazer um pela primeira vez. Esse vem do Caminhante, blog de uma das poucas pessoas que me dá a honra de comentar as abobrinhas que escrevo. Sim, isso é pra estimular [Flora, A Favorita] MAIS COMENTÁRIOS, MAIS COMENTÁRIOS! [/Flora, A Favorita].

O tema desse meme é uma coisa que TEM TUDO A VER comigo. As 5 bobagens que mais te irritam. E como tenho uma tendência masoquista, me irrito com um facilidade... Vamos lá?

- Centrais de atendimento ao cliente: Ok, nem entrarei no mérito de como todo o serviço é um lixo e de como os pobres funcionários surtam e tudo mais. A questão que me irrita mesmo é, quando ligo para uma dessas centrais de empresas de telefonia. No menu eletrônico, qual a PRIMEIRA informação que eles pedem? Que você digite o número de seu telefone. Aí você digita. Após gastar litros de Nutrisse - afinal já deu tempo do seu cabelo branquear – e ficar com Lesão por Esforço Repetitivo por digitar um milhão de números, um ser humano lhe atende. Qual a primeira coisa que o infeliz fala? "Seu número de telefone, por favor?"

- Links: Eu não sei qual parte de “NÃO ME MANDE LINKS” é difícil de entender, mas isso é algo realmente irritante quando acontece numa conversa no Msn. Especialmente se o link é porque o seu coleguinha tem preguiça de digitar a história e diz pra você “clica aí”. Também peguei um certo nojinho de Youtube por conta da avalanche de coisas sem graça que as pessoas me mandavam. Aí quando alguém diz “Você PRE CI SA ver isso” eu já penso que lá vem algo que, provavelmente, não preciso pra nada.

- Desvendando os mistérios da (MINHA) alma: Até eu, em certos momentos, banco a terapeuta de botequim. Mas, procuro ter sensatez de fazer isso quando solicitada. O que me irrita é o (ou a) caba diagnosticar cada pedacinho da minha personalidade com aquele ar superior de quem já sacou tudo. Paguei muita terapia e, DJI BOUA, acho que nem minha terapeuta sacou e ela era ótima. Sabe por que? Talvez não tenha NA-DA pra sacar.

- Escrever tudo junto sem pontuação alguma: Erros de escrita e fala, de maneira geral, me tiram do sério. Eu não escrevo tudo super certo, ainda mais depois que ideia e estreia deixaram de ter acento, mas usar um ponto e uma vírgula não cai o dedo de ninguém. Bônus: escrever AGENTE quando se conta algo que você e outras pessoas fizeram. AGENTE é de trânsito, de saúde...

- Campanhas Publicitárias: Plagiando Quéroul, sobre as propagandas disponíveis na Tv brasileira ultimamente. A Unilever parece perita em lançar coisas irritantes. Não são TODAS, mas aquelas bizarrices de casar elefante com centopéia, raposa com tamanduá e afins (todos pra divulgar um desodorizador de ambientes, que deve ser o mesmo que tem na casa do Pedrinho) é muito Ilha do Dr. Moreau pro meu gosto. Diz um amigo publicitário que esses comerciais são feitos no México e que pra eles isso é bem normal. Eu ein?